Já está recuperada do debate de segunda-feira, dia 19, entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro?
[Risos]
Agora que acabaram os debates que moderou, qual é o balanço que faz?
Foi uma experiência muito positiva. Há dois anos, já tinha feito este trabalho na TVI e já tinha corrido muito bem. Eu, a Clara de Sousa [jornalista da SIC] e o João Adelino Faria [em representação da RTP] também já tínhamos moderado o último frente-a-frente, portanto, foi a reedição de uma experiência que correu muito bem há dois anos e que voltou a correr muito bem.
Mas com uma diferença: o cenário político de há dois anos não é igual ao de hoje em dia.
Sim, é muito desafiante desse ponto de vista. Estamos a falar de eleições muito decisivas, porque, de facto, temos no horizonte a possibilidade de alguma ingovernabilidade, de nenhuma das forças políticas conseguir maioria absoluta... E também há este detalhe: neste ano, há muitos líderes partidários novos que vão, pela primeira vez, a eleições. Isso também tornou estes debates mais desafiantes, tentando que eles consigam dar-se a conhecer.
Como é a preparação para um debate?
Não sei contabilizar quantas horas de preparação são, mas são muitas. Só para dar um exemplo: em relação ao debate de segunda-feira, que foi feito a três, nós começámos a falar sobre ele ainda no final de janeiro.
A preparação para o debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro começou a solo ou foi sempre a três?
Sempre a três. Cada um de nós ficou com dois temas, mas todos os temas são preparados com contributos dos três. A estrutura é decidida pelos três, os temas são decididos pelos três... E, depois, os detalhes das perguntas também são debatidos entre os três.
E em relação aos debates anteriores, que moderou sozinha?
Tive de ler os programas [eleitorais] todos. Todos, todos, todos [risos]. Às vezes, até há assuntos que sei em que página de cada um dos programas estão [risos]. Porque o meu trabalho consiste muito nisso: ir a fundo nas medidas que os candidatos propõem, para tentar elencar algumas que me parecem mais úteis para serem esclarecidas e também, muitas vezes, para mostrar as divisões e as diferenças entre um candidato e outro.
Ser a jornalista escolhida para moderar os debates na TVI é, naturalmente, um motivo de orgulho.
É uma responsabilidade grande, porque, no fundo, estou a representar toda uma redação. E eu sinto esse peso de representar a redação da TVI.
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