Na passada sexta-feira, dia 12, Cristina Branco foi condenada a um ano e quatro meses de pena suspensa, tendo ainda ficado inibida de conduzir durante nove meses, pelo envolvimento no acidente que vitimou Sara Carreira.
Até ao momento, Cristina Branco sempre recusou prestar publicamente declarações, mas, após a leitura da sentença, a fadista decidiu emitir um comunicado a partir do Instagram.
"Ao longo deste processo, remeti-me ao silêncio para não alimentar especulações e para não legitimar as recorrentes fugas ao segredo de justiça a que fui assistindo ao longo deste tempo", começou por escrever Cristina Branco, que ainda garantiu: "Ainda hoje, a informação que está a circular é imprecisa e pode induzir em erro quem a ela aceda. Acima de tudo, tentei sempre proteger a minha família, não a expondo a todo este mediatismo. Considero ser este o momento em que posso e devo manifestar-me, o que escolho fazer por aqui."
Nesta mensagem, a fadista sublinhou que lamenta "profundamente a vida que se perdeu e o sofrimento que essa morte causou", além de lamentar "ter estado envolvida naquele acidente e, por conseguinte neste processo, desde o dia 5 de dezembro de 2020 até à data de hoje". "Esse facto causou-me sofrimento e perturbação como nunca tinha sentido. Sabemos que a vida nos traz momentos de infortúnio, seja num acidente ou noutro tipo de situações fora do nosso controlo e que é suposto estarmos à altura desses momentos. Foi isso que tentei e continuarei a tentar", assegurou
No final do comunicado, Cristina Branco sublinhou que na noite de 5 de dezembro de 2020 "circulava, respeitando os limites de velocidade e na faixa mais à direita possível". Daí que, apesar de respeitar a decisão judicial, que, na respetiva opinião, reflete "sensibilidade e justeza" por "distinguir" o envolvimento da artista com o dos restantes arguidos, Cristina Branco assinale: "Não posso concordar com a condenação e pondero interpor recurso da mesma."
"Sempre separei a minha vida pessoal da profissional e continuarei a fazer assim no futuro. Mas é certo que foi no processo artístico e na música que encontrei alento neste período. Será assim que, agora, vou continuar", rematou.
Recorde-se que o Tribunal deu como provados os factos e condenou os quatro arguidos: Paulo Neves, Ivo Lucas, Cristina Branco e Tiago Pacheco. De acordo com a juíza, todos foram condenados por não "terem atuado com cuidado", mesmo "sem terem intenção de matar".