No passado mês de setembro, Ricardo Araújo Pereira foi alvo de uma queixa-crime no Ministério Público, devido a uma paródia feita pelo humorista a um comentário do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa recente emissão do programa "Isto é Gozar com Quem Trabalha", da SIC.
A SELFIE marcou presença na apresentação do novo livro do comediante, "Coisa Que Não Edifica Nem Destrói", no Maxime Hotel, em Lisboa, e, a certa altura, Ricardo Araújo Pereira falou sobre o assunto.
"A queixa-crime diz que eu e o programa violámos alguns artigos importantes que se referem à honra do Presidente da República e à integridade de símbolos nacionais. Não sei se é assim que se diz", começou por dizer aos familiares, amigos e fãs presentes no evento.
"Nós fizemos o nosso trabalho. Exagerei, mas o meu trabalho é exagerar. É a mesma coisa que olhar para uma caricatura e dizer: 'O nariz dele não é assim, está muito exagarado'. Claro que está, é uma caricatura! Fazemos coisas exageradas. Por exemplo, também pusemos o Presidente da República com uma gabardina, numa parada militar, a exibir-se às forças armadas. Certo", continuou.
De seguida, Ricardo Araújo Pereira revelou em que estado se encontra a queixa-crime. "Ainda não tive notícias disso, estou à espera de saber o que é que o Ministério Público quer fazer. Secretamente, adorava ser julgado a cinco meses dos 50 anos do 25 de abril. Gostava de ser julgado por fazer pouco do Presidente da República. Desde que não vá para a prisão. Mesmo multas não estou assim tão disponível para pagar", disse, ouvindo-se uma gargalhada da plateia.
"Acho a liberdade de expressão uma coisa basilar na sociedade. A liberdade de expressão serve para proteger o direito de as pessoas dizerem coisas que a gente não quer ouvir. É isso", rematou.
Veja, agora, como foi a apresentação do novo livro do comediante.