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Rafaela Granado Pereira reforça "Esta Manhã": "É um projeto que me assenta"

Em entrevista à SELFIE, Rafaela Granado Pereira fala sobre o desafio que assumiu recentemente: ser repórter do morning show da TVI, "Esta Manhã".

Como vai parar ao "Esta Manhã"?
Já andava a querer voltar a um formato em que as pessoas pudessem ver-me diariamente em televisão. Fui tentando perceber, a partir do Porto, o que conseguiria fazer, sendo que a minha vontade era trabalhar a partir de cá. Agora, surgiu esta oportunidade, também porque o "Esta Manhã" queria ter reforços numa nova temporada. Portanto, criou-se uma oportunidade que também enquadrava os meus interesses profissionais, pessoais e familiares.

Já está habituada à nova rotina de acordar cedo?
Já acordo naturalmente cedo, até porque acompanho muito a minha filha. Agora, claro que tivemos de fazer um reajuste. Tem-me custado um bocadinho. Parecendo que não, acordar às 5:45 horas não é bem a mesma coisa do que acordar às 7:15 horas. Mas eu sou uma morning person. Para mim, está tudo certo. Não há problema algum. Não há trânsito de manhã, o que é maravilhoso. Consigo aproveitar o resto do dia e consigo acompanhar a minha filha ao final do dia, o que é ótimo.

O infotainment, em concreto, era um sonho?
Comecei como jornalista. Depois, ainda passei por projetos relacionados com o desporto, também ao nível do jornalismo. Mais tarde, quando fui para o Porto Canal, já não fui para a redação. Fui fazer reportagens para a Maria [Cerqueira Gomes]. Portanto, dentro deste registo, o mais aproximado que tinha feito foi isto. Depois, o Júlio [Magalhães], que era o diretor, viu algum potencial em mim e ofereceu-me outros projetos.

A TVI também era um sonho?
O meu sonho, vamos dizer assim, é a televisão. É aquilo que gosto mesmo de fazer e para o qual acho que tenho algum talento. Agora, tendo em conta o mercado, é inegável que a TVI se posiciona como uma das principais referências em Portugal. É um dos canais com maior audiência, portanto, obviamente que trabalhar na TVI e a partir do Porto era um objetivo.

Quem foram as primeiras pessoas a quem contou quando este desafio surgiu?
Devo dizer que sou muito supersticiosa. Às vezes, as minhas amigas até se chateiam comigo: "Então, não disseste nada?!" [risos]. Para já, não sou pessoa de estar a falar de trabalho com as minhas amigas. Agora, tenho uma grande amiga que é a Maria [Cerqueira Gomes]. A Maria, sendo muito minha amiga e sendo apresentadora de televisão, é inevitavelmente com quem mais falo destas situações. Mas nem ela sabia. Primeiro, falei com o meu marido e com a minha mãe. Depois, sim, fora do núcleo familiar, falei com a Maria.

O que é que ela lhe disse, ainda por cima agora que voltam a partilhar a mesma casa profissional?
Eu conheci a Maria quando éramos pequeninas. Depois, reencontrámo-nos antes de eu ir para o Porto Canal. E, aí, foi mesmo ela que me disse: "Anda aqui falar comigo e com o Júlio, porque precisava mesmo de uma pessoa com estas características e acho que eras a pessoa certa para este projeto." Depois, ela saiu para a TVI e claro que nunca deixámos de ser amigas e colegas. Agora, voltamos a sê-lo. Ela diz que estou muito bem na TVI Porto e que está muito contente. Também foi uma surpresa para ela.

E o que o curso de Psicologia ajuda no trabalho como repórter do "Esta Manhã"?
Acho que a Psicologia é uma mais-valia em qualquer área. Achei sempre que nunca foi uma coisa que me pesou no currículo, ou seja, que não foi tempo perdido. Quer tendo-se um programa, quer andando na rua, e tendo a perspetiva de que a televisão é feita de pessoas e para pessoas, traz-me noções daquilo que é o comportamento humano, daquilo que podem ser as reações quando estamos a trabalhar... Portanto, é uma sensibilidade que acho que já é intrínseca a mim, o que é importante para quem trabalha nisto, porque não estamos a falar com pedras.

O público da TVI já a conheceu como comentadora do "Big Brother". Como foi essa experiência?
Não vou dizer que foi a coisa em que me senti mais eu na vida. Realmente, é diferente, porque não estava no papel de apresentadora nem de entrevistadora. Estava no papel de entrevistada, num certo aspeto. Foi um papel diferenciado. Depois, eu passava muitas horas a ver o programa. Parecendo um trabalho fácil, se quisermos fazê-lo bem, temos de ver muito tempo do programa. O que eu achava, às vezes, é que tínhamos pouco tempo para passar uma ideia. Ou seja, tínhamos de ser muito concisos. E eu, Rafa, não sou uma pessoa de apontar dedos no meu dia-a-dia. Para mim, não era fácil nesse aspeto. Ali, não queremos julgar ninguém mas, na verdade, temos de fazê-lo. Temos de dizer alguma coisa. Temos de classificar um comportamento. É o que se espera de um comentador. Mas traz sempre coisas positivas.

Mas já via o formato?
Já! Eu sou daquela geração que, quando o Marco deu um pontapé à Sónia [episódio que aconteceu na primeira edição do reality show da TVI. em 2000], parou tudo [risos]! É um dos grandes formatos televisivos! Isso é incontornável. E vi a estreia deste domingo! Não até ao fim, porque, lá está, tinha de levantar-me às 5:40 horas na segunda-feira. Mas pareceu-me que promete...

E sonhos... Que sonhos tem?
Estar no ar é sempre positivo. Agora, dentro do infotainment e do entertainment, há imensa coisa para fazer. Se me dissesse "Amanhã, apresentas o que quiseres", diria já que gostaria de fazer um concurso espetacular e superdivertido. As pessoas precisam de uma televisão leve, fresca, com ideias novas... E porque não também com caras novas? Não sendo eu uma cara nova, do grande público não sou uma cara assim tão conhecida.

O Porto Canal tem um público muito fiel. Já nota o impacto do público por ter passado para a antena de um canal com a dimensão da TVI?
Como comentadora, curiosamente, não senti tanto. Mas estou no ar no "Esta Manhã" há uma semana e sinto muito. Por exemplo, ao nível de seguidores nas redes sociais, notei.

E o marido [José Carlos Nogueira] lida bem com a televisão?
Ele é muito de pessoas, mas é muito discreto e nunca sofreu com nada disto. Eu também não sou uma pessoa demasiado exposta e, portanto, até agora, há zero problemas a essa nível. Se bem que, quando estive a comentar o "Big Brother", ele me tenha dito: "Não quero cá processos" [risos]. Ele apoia-me muito e não está muito preocupado com isso, talvez porque, até agora, as coisas têm sido muito tranquilas e bem geridas.

A filha também é discreta ou sai mais à Rafaela?
A minha filha, Maria Pia, tem sete anos. Ela, efetivamente, está uma fala-barato. É como eu: dança, canta, faz 30 por uma linha... Tem jeito, tem jeito. Nesse aspeto, acho que é parecida comigo. Agora, de feitio e até mesmo fisicamente, puxa ao pai.

Está feliz.
Estou feliz! Estar todos os dias no ar é realmente um privilégio. As pessoas que trabalham nesta área sabem bem disso e dizem-no muitas vezes. E é verdade, porque são muitos profissionais para as poucas oportunidades por sermos um país pequeno. Acho que este é um projeto que me assenta.

Veja, agora, na galeria que preparámos para si, as melhores imagens de Rafaela Granado Pereira.

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