Entrevistas

Léo Santana confessa: "O meu pai não apoiava a minha decisão"

Numa entrevista exclusiva à SELFIE, o cantor Léo Santana fez um balanço do percurso profissional.

Nos últimos anos, tem somado êxitos atrás de êxitos. As suas músicas acumulam milhões de streamings no Spotify. Como explica tanto sucesso?
Faço música para o povo, gosto de compor e de gravar músicas que recebo dos meus parceiros compositores e dos meus amigos cantores que me convidam para parcerias. Quando ouço a canção e gosto, quando sinto que as pessoas vão curtir e que o meu público se vai identificar, não penso se vai ser sucesso, se vai entrar para as mais tocadas, penso na alegria, na mensagem, no que aquela música vai levar para o povo, que tipo de sentimento, emoção ou efeito ela vai causar nas pessoas.  E, aí, deixo Deus conduzir!

Esperava obter todo este sucesso com as suas músicas?
Como referi, não lanço uma canção a pensar no sucesso. É lógico que a gente sempre espera que o nosso trabalho seja reconhecido e bem-recebido pelos fãs, mas, quando gravo e lanço uma canção, é porque acredito muito na música e, quando ela bate de uma maneira positiva em mim, acredito que vá bater de uma maneira boa nos meus fãs também.

Ser músico era um sonho?
Desde pequeno, sempre tive uma relação muito forte com a música. No início, o meu pai não apoiava a minha decisão de seguir o meu sonho. Quando comecei na música, tocava instrumento de percussão, mas via o assédio das pessoas com os cantores e pensava que era isso que queria para mim [risos]. Foi aí que resolvi ser cantor. Pedi para sair da banda em que tocava pandeiro e me dediquei a ser cantor. Comecei numa banda no meu bairro e, a partir daí, fui para outra banda até que chegou o convite do Parangolé e, depois, seguiu-se a carreira a solo. Amo cantar, é a minha vida, é o que me dá prazer. Sempre foi uma alegria muito grande poder levar felicidade para as pessoas através do meu trabalho.

Qual é a sua principal inspiração para compor?
Uma das minhas maiores inspirações sempre foram os meus fãs, o púbico, olhar a emoção das pessoas ao assistirem os meus concertos, observar as reações delas e o poder que a música tem sobre as pessoas e, claro, a minha base, que é a família. Existem algumas canções em que a letra vem já pronta, mas, em acordo com o parceiro compositor, busco sempre mexer um pouco, colocar algo da minha personalidade nas letras e acredito que é isso que traz tanta identificação das músicas com o meu público.

O que os fãs podem esperar do concerto do próximo dia 3 de maio, no Coliseu de Lisboa?Estou a preparar um concerto especial para o meu público em Portugal. Já me apresentei algumas vezes aí e amo Lisboa! Prometo que vou colocar Lisboa para balançar ao som dos maiores sucessos da minha carreira e óbvio que vai ter "Posturado e Calmo", vai ter "Zona de Perigo", "Contatinho", "Santinha" e "Golzinho Vermelho". Podem esperar que será uma noite única e especial.

Recebe muitas mensagens de fãs portugueses, nas redes sociais?
Sim, com certeza, e sempre que posso e consigo respondo às mensagens de carinho que recebo dos meus fãs e os portugueses estão, sem sombra de dúvidas, entre aqueles que me mandam muitas mensagens. Tenho uma relação especial com os portugueses, sinto-me em casa.

Do que mais gosta no nosso país?
É um país rico culturalmente, além de possuir uma gastronomia de gosto muito e vinhos maravilhosos. Já viajei algumas vezes para a Europa e, sempre que posso, Portugal está no meu roteiro, seja de diversão ou de trabalho, gosto de passear pelas ruas, ir aos restaurantes, fazer umas compras [risos], mas os vinhos e a gastronomia de Portugal encantam-me.

Qual foi a maior conquista profissional que alcançou, até agora?
Ao longo dos meus 18 anos de carreira, posso dizer, com muita alegria, que já tive muitas conquistas. Seria injusto e até mesmo desleal com a minha história, conseguir citar apenas uma, foram tantos sonhos realizados, tantas emoções vividas, tantos momentos e marcos especiais, tantos concertos lindos em lugares em que jamais pensei chegar a tocar nos quatro cantos do mundo, prémios, parcerias com cantores que sempre admirei, gravar o meu PaGGodin [projeto de samba e pagode] que amo! Esse projeto sempre foi um sonho. E, agora, estou a trabalhar nele e vai rodar o Brasil com concertos exclusivos. Também já tive tantas canções entre as mais ouvidas e as mais tocadas, tanto carinho dos meus fãs e admiradores. Fico muito feliz por levar a música baiana e brasileira ao mundo, atingindo marcos importantes. A minha canção "Zona de Perigo" atingiu o Top 1 no Brasil e o Top 10 em Portugal. Foram marcas que me deixaram muito feliz e orgulhoso da minha trajetória.

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