Cláudio Ramos foi o convidado central da emissão desta quinta-feira, dia 11, do programa "Goucha", numa conversa para falar sobre o lançamento do livro O Rapaz.
Houve, contudo, outros temas em cima da mesa. Um deles foi a família. "Não tinha uma relação muito boa com o meu pai. É público, toda a gente sabe", lembrou o apresentador do matutino "Dois às 10" e do reality show "Big Brother 2024", referindo-se ao padrasto: "Será sempre o meu pai, porque foi quem me perfilhou. Tenho o nome dele, foi o marido da minha mãe durante a vida toda. Entretanto, faleceu."
Sobre a relação conturbada com esta figura paterna, Cláudio Ramos abriu o coração: "Tenho a certeza de que ele me amou muito. Digo-o agora, depois de muita terapia e de tentar perceber que tipo de pessoa era aquela. Acho é que ele tinha uma enorme frustração - que percebi mais tarde -, porque eu não era a pessoa que ele queria que eu fosse."
O comunicador recordou ainda uma das últimas conversas que teve com o pai. "Ele já estava muito doente quando eu falei com ele. Nós já não conversávamos há algum tempo e o meu pai, ainda assim, batia o pé, porque, para o meu pai, a homossexualidade não era uma coisa normal. Eu estranhava, porque o meu pai era uma pessoa culta, viajada, formada, que lia... Só disse ao meu pai que era homossexual quando já não estava em casa e não dependia dele para coisa alguma. E nunca lhe disse! Ele foi sabendo. Ouviu-me dizer e foi sabendo", recordou.
Questionado por Manuel Luís Goucha se "amou ou ama aquele pai", Cláudio Ramos teve resposta pronta: "Não, não, não. Mas eu não tenho culpa..."
Assista, agora, aos vídeos da entrevista concedida por Cláudio Ramos no vespertino da TVI.