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Catarina Furtado revoltada com morte: "Não imagino o sofrimento"

Recorrendo ao Instagram, a apresentadora Catarina Furtado não se mostrou indiferente a uma morte.

"Que dia intenso!" Foi desta forma que Catarina Furtado começou por descrever, no Instagram, o primeiro dia de visita a Timor-Leste, enquanto Embaixadora da Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População.

"De manhã, muito cedo, fui visitar o Centro de Saúde e Maternidade de Gleno, a uma hora de carro da capital de Timor Leste, Dili. Depois, conheci o Espaço Seguro para sobreviventes de violência com base no género e respetivas crianças. E, de seguida, fui incrivelmente recebida pelos jovens da escola secundária Nino Konis Santana", acrescentou a apresentadora, de 51 anos, na descrição de uma série de imagens desta visita.

De seguida, Catarina Furtado deixou uma mensagem otimista: "Ao longo deste 23 anos ao serviço desta agência da ONU, o Fundo de População das Nações Unidas, já vi muitas mudanças acontecerem! É possível mudar mentalidades e tradições culturais desde que não se violem os direitos humanos!"

A comunicadora mostrou-se também revoltada com um acontecimento trágico: "Ontem [terça-feira, dia 5 de setembro], morreu mais uma mulher grávida, com 36 anos, porque não chegou a tempo de ser atendida num centro de saúde com profissionais qualificados. É revoltante! Não imagino o sofrimento que esta mulher passou, entre dores e hemorragias. O desespero!"

"Os números são estes e têm de mudar com vontade política, recursos, apoios, parcerias, cooperação: Timor tem uma das mais altas taxas de mortalidade materna do Sudeste Asiático! São 195 mortes maternas por cada 100.000 nados vivos! 51% das mulheres ainda tem o parto em casa; por ano, 6000 mulheres grávidas estão em risco de complicações graves que podem pôr em perigo a respetiva vida durante a gravidez, o parto ou no pós-parto imediato; 40% das mulheres (uma em cada quatro)  já sofreu violência física, violência psicológica ou sexual por parte do parceiro íntimo; 25% das mulheres casadas (15-49 anos) não tem acesso ao planeamento familiar; 74.7% das mulheres solteiras e sexualmente ativas não tem acesso a conceção; o VIH/SIDA aumentou dez vezes em cinco anos entre as mulheres grávidas; apenas 7.7% dos homens jovens e 14.6% das mulheres jovens tem conhecimento sobre VIH/SIDA; os adolescentes e jovens não estão contemplados nas políticas nacionais de saúde sexual e reprodutiva; não existem centros de atendimento para jovens; 74% da população tem menos de 35 anos e não há empregos formais. Apenas 10% dos jovens tem emprego", enumerou, no final da mensagem.

Veja, agora, as imagens partilhadas por Catarina Furtado, na galeria de fotografias que preparámos para si.

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