Marluce Revorêdo Silva foi entrevistada por Manuel Luís Goucha, no programa "Goucha", da TVI, que foi exibido na passada quarta-feira, dia 22.
"Quando aconteceu o caso Casa Pia [o maior escândalo de abusos sexuais julgado em Portugal e que envolveu figuras como Carlos Cruz], a nossa vida mudou toda. Foi um tsunami, cada um virava-se para onde podia. Aquilo foi horrível. Comecei a fazer terapia, tinha muito ódio dentro de mim. Um dia, disse: 'Se continuar assim, vou ficar doente'. Eu senti a doença no corpo", começou por dizer a ex-mulher do referido apresentador.
"Tinha uma família para apoiar. Tive que socorrer muitas vezes, até a Raquel [Rocheta, que esteve casada com Carlos Cruz depois de Marluce Revorêdo Silva], que é minha amiga. As pessoas acham que sou inimiga da Raquel. Sou muito amiga dela! As pessoas acham que a Raquel foi a causadora do final do casamento", continuou, afirmando que a seguinte relação do ex-marido apenas começou dois anos depois.
"O caso Casa Pia foi um terramoto, foi pior do que isso. Eu sei lá o que foi, foi uma maldade muito grande. Foi uma falta de justiça incrível. Não houve investigação no computador, não houve investigação no telemóvel. Prenderam, pronto, porque tinham de prender e acabou", lamentou a antiga modelo.
"Nunca [duvidei da inocência dele]", frisou, respondendo a uma pergunta direta de Manuel Luís Goucha.
"Houve uma falha muito grande. Perigosa, até para o povo português. Qualquer um pode ser acusado, mas não deixaram que o Carlos provasse que era inocente", prosseguiu, evidenciando a queixa, ainda pendente, de Carlos Cruz no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem contra o Estado português.
"Isto não vai ficar assim! Foi horrível, até podiam ter inventado tráfico de drogas, de armas, de qualquer coisa, que não era verdade, também. Mas era mais bonito do que uma coisa tão horrorosa, para uma pessoa que é humanista, como o Carlos é", disse, ainda.
"Nós sofremos muito, também. Não foi só o Carlos. As pessoas escreviam cartas para a Marta [Cruz, filha de Marluce Revorêdo Silva e Carlos Cruz], escreviam-lhe coisas feias. A Raquel passou muito, também. Depois, as notícias eram de uma maldade... Aquilo magoou muito! Sabia que era tudo mentira e que era, só, maldade", recordou.
"Acho que ele não foi um bode expiatório. Acho que alguém por inveja, maldade, ciúme inventou isso. Mataram-no em vida", disse a entrevistada de Manuel Luís Goucha.
Marluce Revorêdo Silva acredita que o ex-marido perdoou todos os que lhe apontaram o dedo. "Ele tem um bom coração, está magoado. Está a querer provar que não fez nada", frisou, considerando que esta será a derradeira luta do "senhor televisão".
"Acho que, hoje em dia, 90% das pessoas acredita na inocência dele. Já ficou tudo tão descarado. Aquele processo foi tão mexido", rematou.
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