"O desfecho que temia!". Foi desta forma que António Bravo começou por se mostrar surpreendido, no Instagram, com uma decisão tomada pela Câmara Municipal de Lisboa.
"Hoje [sexta-feira, dia 15], quando fui passear o meu cão, deparei-me com este cenário: começaram a demolição do antigo Dispensário do Cais do Sodré, mandado construir pela Rainha D. Amélia, para dar lugar a um novo quadrado branco, completamente desenquadrado da zona", começou por referir o ex-concorrente do "Big Brother - Desafio Final", na legenda das imagens dessa demolição.
"Desde que me deparei com esta possivel situação que tentei perceber quais as melhores ações a tomar, para tentar evitar este desfecho. Liguei para a Junta de Freguesia da Misericórdia, que me disse que estava fora do seu controlo, mas que louvava alguém ter o interesse em dar voz a estes casos. Ontem, fiz um comentário na página de instagram do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, sobre o mesmo, comentário que, hoje, já tinha sido apagado. Liguei para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que me reencaminhou para o departamente da Cultura, que, infelizmente, não tem telefone, e só pode ser contactado por e-mail. Fiz várias publicações nas minhas redes sociais e alguns contactos com a finalidade de expôr esta situação, e hoje alguém me deu os passos a seguir, antes de ter percebido que era tarde demais. E agora?!", explicou, entretanto.
Quase no final da mensagem, António Bravo deixou um desabafo: "Mais uma vez, os lisboetas deixaram passar ao lado mais um caso de 'apagar da nossa história' para dar lugar a uma Lisboa nova, modernizada, sem personalidade e igual a tantas outras cidades europeias. Não sei qual o caminho a seguir, nem quero ser exemplo para ninguém! Sei que temos de começar a ter voz e a expôr este e outros casos semelhantes, sem medo de represálias. Porque, no fim do dia, este país e esta cidade também são nossos!"
"Entretanto, o meu comentário na página do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, foi reposto e com direito a resposta, que partilho convosco: 'Este é um projeto com vários anos e que passou pela aprovação das diferentes entidades, tendo merecido a aprovação da Direção Geral de Património Cultural (DGPC), da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSTLVT) e da Direção Municipal de Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa. Compreendo a opinião e o sentimento, mas não se tendo encontrado outro espaço disponível, esta foi a solução encontrada na época para dar resposta ao aumento de utentes nessa zona. Cumprimentos'", referiu, ainda, António Bravo.
Veja, agora, as imagens partilhadas por António Bravo.