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António Raminhos faz relato sincero: "Invadiu-me uma sensação de ansiedade e medo que não me tem abandonado"

António Raminhos partilhou com os seguidores do Instagram uma reflexão sobre a luta que trava contra a ansiedade.

António Raminhos recorreu, esta segunda-feira, dia 23, ao Instagram para fazer uma nova partilha com os fãs sobre saúde mental.

"Não é um post de piedade. É uma partilha daquilo que é. E porque se assim é para mim, bem sei que será para muitos. Cada um de nós pelas suas razões", começou por avisar o humorista, explicando: "Hoje, está difícil. Invadiu-me uma sensação de ansiedade e medo que não me tem abandonado ao longo do dia. Estive duas semanas fora da minha zona de conforto, seis dias em casa e já estou fora para gravar e colocar-me de novo em dúvida."

"Hoje, a meio da manhã, soou aquela voz: 'Não quero estar aqui, tenho medo'. O aperto no peito, a sensação de vazio e quase de estar à parte da realidade. Apercebi-me logo, tomei consciência e fui respirar fundo só uns segundos. Já meditei, já descansei, mas ela cá está. E eu vou fazer o que tenho a fazer. E amanhã... e depois. Fazer o que tenho a fazer sempre dentro do possível, sem julgamentos e independentemente da voz e das sensações estarem cá ou não. Fazem parte de mim. Hoje menos do que antes, mas ainda cá. Para quem está de fora, pode olhar e pensar: 'Fogo, sempre a passear, estás a queixar-te de quê?!' Quem me dera que fosse de nada! Mas não escolhi esta guerra que, geralmente, surge nestes momentos de 'suposta' felicidade. A minha escolha não está em quando surge, mas o que faço com isso", refletiu António Raminhos.

Para o comediante, "essa é a grande diferença". "A relação que procuro estabelecer com a ansiedade ou a POC [Perturbação Obsessiva Compulsiva]. Acolher as sensações e entendê-las, mas sem lhes dar grande atenção. Nós não somos os nossos pensamentos. São apenas reflexos da nossa história, crenças, experiências... e às vezes nem são nada disso! São só... coisas da cabeça", analisou.

"Não são a realidade, nem sequer uma certeza do que quer que seja. Ganham essa importância quando lhes dirigimos a total atenção. Por isso, é conviver com empatia e compaixão com aquilo que nos vai na mente e seguir caminho fazendo o que é suposto fazer. E o que é suposto fazer? Parar, aceitar e procurar desfrutar o momento apesar dos medos. E escrever! No meu caso, ajuda e espero que ajude. E, agora, lá vou fazer o que tenho a fazer", rematou.

Veja, agora, nas galerias que preparámos para si, as melhores imagens de António Raminhos.

 

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