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Primeiro-ministro António Costa apresenta demissão

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Presidente da República aceitou a sua demissão e que não vai recandidatar-se ao cargo se o chefe de Estado convocar eleições legislativas antecipadas.

com Lusa

Estas posições foram anunciadas por António Costa, numa comunicação ao país a partir de São Bento, em Lisboa, em respostas aos jornalistas, após ter anunciado que pediu a Marcelo Rebelo de Sousa a sua demissão do cargo.

"Não, não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro, que isso fique muito claro. É evidente que esta é uma etapa da vida que se encerrou, além do mais, porque como nós todos sabemos, os processos crime raramente são raios e portanto não ficaria certamente a aguardar a conclusão do processo crime para tirar outra ilação", afirmou o líder do executivo.

Em relação ao cenário de o chefe de Estado não aceitar a sua demissão, António Costa afastou-o: "Pedi ao Presidente da República a demissão. Essa demissão foi aceite."

O primeiro-ministro fez questão de vincar que ele, como qualquer outro cidadão, não está acima da lei e, "portanto, se há alguma suspeita, não está acima da lei". "Estou cá para colaborar totalmente com a justiça, para apurar toda a verdade e tudo aquilo que a justiça entender dever apurar sobre matéria que, aliás, desconheço o que seja. O comunicado é omisso no que me é imputável", observou, antes de voltar a frisar que, na sua perspetiva, "é incompatível com o exercício das funções de primeiro-ministro a existência de uma suspeição" sobre a sua "integridade, boa conduta e eventual prática de um ato criminal".

O primeiro-ministro é alvo de uma investigação autónoma do Ministério Público num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, revelou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

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