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Ana Patrícia Carvalho fala sobre atropelamento grave: "Vi uma Patrícia desfeita"

A jornalista Ana Patrícia Carvalho recordou um atropelamento brutal que sofreu quando tinha 17 anos.

Numa entrevista emotiva, concedida ao programa "Alta Definição", Ana Patrícia Carvalho recordou o atropelamento brutal que sofreu aos 17 anos de idade.

"Já estava a fazer alguns trabalhos para ganhar o meu dinheiro, a minha autonomia. Tinha acabado de vencer um concurso de modelo, tinha alguns projetos no sentido de viajar, desfiles, contratos... Nunca deixei de estudar, esse era o meu principal objetivo. E, pouco antes de embarcar para o Brasil, tive um acidente", começou por recordar a jornalista, de 37 anos.

"Nesse dia, tinha tudo para não estar ali àquela hora. Lembro-me de que o meu pai me ligou para me ir buscar, que o meu irmão me ligou para me ir buscar onde eu estava. Disse sempre que não, que ia com as minhas amigas, ia ver as notas à escola e depois ia apanhar um autocarro para ir para casa", acrescentou.

Ana Patrícia Carvalho recordou, com detalhes, o dia do atropelamento: "Havia muitos sinais para eu não ficar ali. Quando saí do autocarro... Curiosamente, saía muitas vezes e atravessava logo a estrada, muitas vezes não ia à passadeira. Naquele dia, fui, esperei que me dessem passagem." E foi ao sair da passadeira que um carro "a alta velocidade" acabou por atropelá-la.  

"Voei um pouco, fui projetada", sublinhou a jornalista. "No local, ao tentar levantar-me, olho para a roupa, vejo-me toda cheia de sangue e apaguei-me. Depois, só volto a acordar no hospital", explicou, também.

Felizmente, Ana Patrícia Carvalho teve uma rápida chegada ao hospital: "O filho do meu médico de família, curiosamente, vinha atrás e assistiu ao acidente. Ele ligou ao meu médico de família e acabei por ir mais cedo para o hospital, porque o meu médico foi buscar-me e levou-me, chegou muito antes da ambulância."

"A pessoa que me atropelou fugiu e quem me tinha dado passagem foi atrás dessa pessoa. Mais tarde, identificou-se quem foi e tinha fugido, porque estava com o carro do pai do namorado e percebeu que tinha batido em alguma coisa, mas não tinha percebido no quê", acrescentou.

Ana Patrícia Carvalho guarda algumas memórias deste momento: "Tenho memória de ver uma luz ao fundo do túnel. Sei que é estranho, o meu irmão brinca muitas vezes comigo e diz que era só um farolim. Lembro-me de ter um período em que não sei muito bem onde estive, mas era um sítio escuro. Depois, lembro-me de voltar a ter memória já no hospital com os médicos a cortarem-me a roupa e muito barrulho, sem perceber muito bem o que estava a acontecer. E lembro-me de me ter visto ao espelho."

"Vi uma Patrícia desfeita, literalmente. Estava imobilizada, tinha partido braços, pernas, estava inchada do impacto. Bati com a cara no passeio, foi a minha sorte, se tivesse batido com a cabeça, possivelmente não contaria esta história", contou, afirmando que "parte da cara era uma ferida aberta". 

A recuperação foi demorada, tendo ficado "quatro meses em casa, imobilizada", mas sempre contando com o apoio da família e dos amigos. Destaca-se o papel da mãe, que era enfermeira. "Se não tenho marcas visíveis foi graças à mãe", garantiu Ana Patrícia Carvalho.

A jornalista não teve necessidade de recorrer à cirurgia plástica para reconstruir o rosto. Apenas se submeteu a um procedimento simples nas mãos: "Não tinham pele, fiquei com os ossos de fora, porque deslizei no alcatrão durante muito tempo."

Veja, agora, algumas das melhores imagens de Ana Patrícia Carvalho, na galeria de fotografias que preparámos para si.

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