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Ana Bola sobre Maria Vieira: "Submissa, controlada, induzida a ser má. Não deixa de ser uma vítima"

Depois de o realizador Vicente Alves do Ó ter escrito algumas palavras sobre a atriz Maria Vieira, outrora conhecida pelos colegas como alguém diferente dos dias de hoje, Ana Bola comentou a partilha.

"A tristeza profunda de tudo isto. A tristeza profunda no rosto dela. Os olhos. Estes olhos cheios de tristeza. De quem não acredita em mais nada. Olhos de quem grita a sua tristeza e a sua tragédia. De atriz de comédia a trágica. Que triste, tudo isto. Que tristeza tão grande disfarçada de ilusão política. Como se dentro deste corpo morasse a sombra doutra pessoa. Quem foi essa pessoa? Quem é esta sombra de mulher? É como se uma desconhecida tomasse conta do corpo duma pessoa amiga, de longa data, que conhecemos de sempre. Alguém cá de casa e que nos fez rir tantas vezes. Quem és tu? - diria o texto de Garrett. Quem és tu?", escreveu Vicente do Ó, na legenda de uma imagem de Maria Vieira.

Ana Bola, que, antes de um desentendimento, fora amiga de longa data da eterna "parrachita", decidiu comentar as palavras do realizador e falar sobre a antiga amiga, que, recentemente, se juntou a André Ventura, líder do Chega, na manifestação com o mote "Portugal não é racista".

"Bom, esta foto é de uma personagem de um filme. O que ela transmite mais, quanto a mim, naquela tristeza de ontem, é um ódio profundo e uma raiva sem medida.Triste estará, muitas vezes, com certeza, basta ter deixado de ser quem era", começou por escrever.

"A Maria anda triste e revoltada, há muitos anos, por várias razões. Acho que transformou essa tristeza em ódio por tudo o que mexe, e, sobretudo, por quem tem sucesso na profissão, até porque a convenceram de que ela é melhor do que todos nós. E ela acreditou. Ela há muito, mas muito tempo, que tinha duas personas, a que convivia connosco, que se divertia, que se soltava, e a outra... Submissa, controlada, induzida a ser má, a contar as linhas de texto que tinha em relação aos outros, questionada se lhe tinham feito planos e se tinha conseguido dizer e cumprir as indicações que trazia de casa. Depois, com o trabalho no ar, ser confrontada com as críticas de não ter feito como tinham mandado, etc, etc... Isto dá cabo de qualquer um", continuou.

"Ela sempre foi frágil, insegura, 'diferente', portanto, foi atingida e não foi pouco. Eu tenho muita pena. A Maria não deixa de ser uma vítima", concluiu.

Recorde-se que as atrizes desentenderam-se, há cerca de três anos, após a "parrachita" tornar públicas as suas intenções políticas, além de criticar, veemente, inúmeras figuras nacionais, através de textos publicados no Facebook. Note-se que, além de Ana Bola, também Herman José, entre outras figuras públicas que mantinham uma amizade com a atriz, chegou a dizer que Maria Vieira não tem "vocabulário suficiente" para escrever os textos que publica nas redes sociais.

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