Foi na segunda-feira, dia 23, que faleceu Carlos Gonçalves, aos 82 anos. Com um percurso respeitável no fado, o guitarrista e compositor tocou ao lado de artistas de renome desse género musical, como Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro e Beatriz da Conceição.
Carlos Gonçalves também se destacou como um importante apoio para as novas gerações. Por exemplo, Diogo Clemente recordou, no Instagram, como o músico foi marcante no seu começo de carreira de guitarrista.
"Hoje, morreu um dos maiores guitarristas, compositores e personalidades do fado. Um dos músicos que mais enlevou a nossa música em Portugal e no mundo", começou por escrever o namorado de Carolina Deslandes.
"Eu tinha 16 anos, quando o vi entrar na casa de fado, onde íamos tocar os dois, o Fado Maior, em Alfama, e fez-me sentir imediatamente válido. A tratar-me por você de uma forma muito simpática, mas direta, à alentejana, viu o meu ar apreensivo e disse a sorrir 'se você 'tá aqui para tocar, é para tocar e mais nada, vá'. Vamos todos ter saudades suas e da sua maneira direta de simplificar tudo. Fica a obra, que é o que nos define. E que mestria. Abraço, amigo Carlos Gonçalves. E já sei a frase que disse, quando chegou aí acima para onde se vai: 'isto aqui é igual a todó lado...", concluiu Diogo Clemente.
Cerca de uma hora depois, o músico partilhou o registo que retrata esse momento com Carlos Gonçalves. "E eis que chega, pelo amigo Flávio Cardoso, aquilo de que falava no post anterior. Grande Carlos. Obrigado"
Veja, agora, a imagem de Diogo Clemente a tocar com Carlos Gonçalves, na galeria de fotografias que preparámos para si.