Goucha

Irmã de Fanny Rodrigues recorda morte dos filhos em relato impressionante: veja o vídeo!

Carina Rodrigues, irmã de Fanny Rodrigues, esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, no programa "Goucha", da TVI, da passada terça-feira, dia 25.

Impressionante. Assim foi o relato de Carina Rodrigues sobre a morte dos filhos gémeos, em maio de 2022, quando a jovem, que na altura tinha 20 anos, ainda se encontrava no sexto mês de gestação.

"Quando eu descobri que estava grávida, foi, assim, um susto muito grande, porque não era uma coisa planeada, nem estava, de todo, à espera que acontecesse. Quando soube que eram dois bebés, chorei muito, também, de susto", começou por dizer a irmã de Fanny Rodrigues, no vídeo que foi exibido momentos antes do início da conversa com Manuel Luís Goucha, no programa "Goucha", da TVI, que foi para o ar na passada terça-feira, dia 25.

"As complicações da gravidez apareceram relativamente cedo. Descobri que estava grávida em janeiro e, em fevereiro, tive um descolamento da placenta. No mês de março, descobrimos que havia a possibilidade de um dos gémeos ter trissomia. Não quis seguir com as investigações porque, para mim, não fazia sentido pôr em causa a vida dele. Falei com os médicos e decidi que, havendo trissomia ou não, o meu filho iria nascer. Era assim que estava planeado", continuou.

"No dia 13 de maio, comecei a sentir umas dores menstruais que não faziam sentido, porque estava grávida. Assim que cheguei ao hospital, os enfermeiros vieram logo ter comigo. Na minha cabeça, sabia, perfeitamente, que algo não estava certo e que eu ia perder os meus filhos. Eu sabia. A coincidência era que, sendo dia 13 de maio, e eu tendo muita fé na Nossa Senhora de Fátima, eu gritava para ela me dar um milagre, para ela encarregar-se de mim, naquela hora. Era isso que eu pedia", prosseguiu Carina Rodrigues, visivelmente emocionada.

"Quando nasceu o Enzell, que era o primeiro bebé, a enfermeira trouxe-o embrulhado numa toalha. Assim que ela o pousou em cima de mim, abstraí-me de tudo o que estava a acontecer. Aquela situação triste e dramática já não era isso. Era um nascimento normal, um parto, eu a conhecer o meu filho. Essa fase bonita que vivi com o meu filho... rapidamente, caí na realidade. Lembro-me de olhar para ele e ele estava a tentar ter aquele impulso para respirar e não conseguir. Neste espaço de tempo, eu estava a falar com ele, a dizer: 'Filho, podes ir. A mamã já se despediu de ti. Já estivemos juntos, já conheceste a mamã'. Ele acabou por falecer nos meus braços, 18 minutos depois. Foram os melhores 18 minutos da minha vida", recordou, enquanto as lágrimas lhe escorriam pelo rosto.

A irmã de Fanny Rodrigues disse, porém, que "a batalha" não tinha terminado naquele momento. Tinha de manter o segundo bebé, Delman, "vivo e cheio de saúde", uma vez que haveria, de acordo com os médicos, a possibilidade de o salvar. No entanto, o pior veio a acontecer, um dia depois. "Ele estava bem, até uma certa altura em que começo a sentir, novamente, um desconforto. A cada hora que passava, a dor piorava, os sintomas pioravam. Eu não conseguia comer, não conseguia beber, não conseguia abrir os olhos. O parto teve de ser muito mais rápido e isso também levou a que eu tivesse de ser submetida a uma anestesia geral. Não tive a sorte de ver o Delman vivo, mas o pai dele teve. E viveu, exatamente, 18 minutos com o papá dele", contou a jovem.

"Dormi com os dois e aproveitei o máximo possível deles, mesmo já estando sem vida", frisou a irmã de Fanny Rodrigues, que admitiu, em conversa com o apresentador, entretanto, que "não fazia outro sentido".

"Percebi que estes bebés têm um propósito: proteger-me a mim, ao resto da família. Mas vieram para me salvar. Acredito que são os planos de Deus porque a minha pessoa, o meu interior, mudou totalmente, depois de ter perdido os meus filhos. Já não dou importância a certas coisas, já vejo a vida de outra maneira", afiançou a convidada de Manuel Luís Goucha.

Por fim, Carina Rodrigues revelou que todo este pesadelo se desencadeou com uma infecção urinária. "A minha gravidez foi sempre de risco, houve muitas complicações. Foi uma infecção urinária que começou, só que com o peso das placentas, dos bebés, uma pessoa não sente. Não estava a sentir o que estava a acontecer comigo e quando começaram a aparecer as dores nas costas, percebi que era uma coisa grave. A infecção tinha subido para os rins e o rim é a porta aberta para o sangue. Aconteceu tudo muito rápido. Não houve etapas, foi logo assim. No dia 3 de maio, diagnosticaram essa infecção urinária e, no dia 13, acabou por acontecer o que eu não queria", disse.

"Foi comprovado que foi isso. Foi isso. A mesma bactéria que estava nas virilhas, era a mesma que estava nas placentas dos meus filhos", rematou.

Veja, agora, o impressionante relato da convidada do programa "Goucha", da passada terça-feira, dia 25.

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