Entrevistas

Fábia Rebordão na 1.ª pessoa: a carreira, a gravidez, o pedido de casamento e o amor por Jorge Fernando

Prestes a ser mãe pela primeira vez, Fábia Rebordão, de 36 anos, revelou como está a viver a gravidez, fruto da relação com o músico Jorge Fernando, de 64, e desvendou alguns dos próximos projetos profissionais.

Como está a correr a gravidez?
Muito bem, muito tranquila. Estou serena, muito embora sinta alguma ansiedade por vê-la e por tudo o que nos espera.

Como foi a escolha do nome? Maria Inês tem algum significado especial?
Gosto muito do nome Maria, porque representa todas nós mulheres. Mas ainda gosto mais quando associado a outro nome… e como acho Inês um nome romântico, senti que a junção de ambos seria perfeita para a nossa bebé… O Jorge [Fernando, companheiro da fadista] também adorou o nome.

Já tem tudo preparado para a chegada da bebé?
Quase tudo. A nossa casa vai entrar, agora, em obras para que estejamos mais confortáveis com a chegada da nossa Maria Inês. Tudo correrá bem.

Qual o principal receio em relação ao parto?
O receio nasce da dúvida e a dúvida nasce da surpresa, do confronto com uma realidade que desejo mas nunca senti. Todo o meu ser se prepara física e emocionalmente para um ato profundamente feminino que nos acompanha desde cedo na sua generalidade.

Por que motivo decidiram criopreservar as células estaminais do cordão umbilical?
Toda a existência se dirige para o futuro e a perceção do futuro diz-nos que a criopreservação das células estaminais é uma decisão que, além de precaver a capacidade de corrigir esse mesmo futuro de qualquer surpresa menos boa, nos dará, no dia a dia do presente, uma paz nascida da segurança que a BebéVida nos proporciona.

Que tipo de mãe acha que vai ser?
Vou aprender com ela a ser mãe… Ela vai ensinar-me tudo. Vamos crescer juntas em todos os sentidos.

E como está a ser para o Jorge Fernando viver novamente a experiência da paternidade?
Ele está muito entusiasmado e expectante também. Será uma experiência diferente, porque viverá a paternidade de forma mais presente e consciente. Quando foi pai pela primeira vez, há 41 anos, teve de ir em tour com Amália durante seis meses e, infelizmente, não conseguiu acompanhar o filho no seu início de vida. Hoje, existem outras ferramentas para estarmos mais presentes e existe, também, outra disponibilidade. Quero que ele aproveite ao máximo cada momento com a nossa filha.

Escreveram o tema "Por Ti" para anunciar a gravidez. Podemos contar com novo tema para anunciar o nascimento?
O tema "Por Ti" é da minha autoria e saiu-me espontaneamente, pouco tempo depois de saber que estava grávida. Senti uma enorme necessidade de traduzir em música todas as emoções que estava a sentir. Não sei como será quando ela nascer, não sei se traduzirei todas as emoções em música também ou de outra forma… Vou deixar acontecer…

Ao fim de mais de dez anos de namoro, qual apontaria como o "segredo" do sucesso da relação?
Já são 12 anos. Conhecemo-nos muito bem e somos muito cúmplices. O segredo é sermos leais um com o outro. Há muita verdade em cada olhar, cada palavra, cada gesto…

O que a fez apaixonar-se pelo Jorge e que outras qualidades descobriu entretanto que a fazem "apaixonar-se a cada dia"?
O Jorge é muito generoso em tudo, tem um coração que não cabe em si… Ele apaixona cada pessoa que tem o privilégio de cruzar-se com ele. É um homem culto, inteligente, tolerante, sensível… É muito fácil apaixonarmo-nos pelo Jorge. Sou uma sortuda!

Casar passa pelos vossos planos? Quem sabe quando batizarem a Maria Inês… (se fizer parte dos vossos planos educá-la na fé católica)
O pedido já foi feito e já foi aceite. Acontecerá no momento certo. Quanto ao batizado, claro que sim e já tem padrinhos e tudo!

Tendo passado por um processo de emagrecimento, "assusta-a" engordar e não conseguir recuperar a forma no pós-parto? Como lida com esta questão?
Já engordei e confesso que fiquei um pouco assustada, ao início, porque já há muito que mantinha um peso que me era confortável. No entanto, senti que, também, esses pensamentos me causavam muita ansiedade. Por isso, quando ela nascer, vou voltar à minha rotina diária de exercícios que tanta falta me fazem. Tudo a seu tempo. Quero desfrutar ou pelo menos tentar desfrutar da maternidade da melhor forma que puder e conseguir.

Revelou que o timbre da sua voz sofreu mudanças com a perda de peso. Como foi perceber esta mudança e de que forma a aproveitou?
Foi difícil porque foram anos e anos num corpo mais pesado e, de repente, em seis meses perdi imenso peso, tudo em mim mudou e a forma de respirar quando cantava, também, tinha mudado. Quando ouço uma gravação do antes e do agora percebo que só ganhei com a perda de peso, a todos os níveis. Gosto muito mais da minha voz agora.

Contou que chegou a passar um Natal longe da família para evitar cair em tentação com as iguarias próprias da época. Como lida atualmente com as tentações do dia a dia?
Foi difícil sim, mas eu sou muito determinada e focada, quando quero alcançar um objetivo a que me proponho e sabia que, no início, teria de ter essa força de vontade para sair vencedora. Temos de fazer escolhas e eu fiz a minha. Atualmente tento que haja um equilíbrio e como treino muito, consigo esse equilíbrio. Daí sentir tanta falta disso, agora que estou grávida… mas tudo virá a seu tempo.

O que foi para si mais difícil no processo de emagrecimento?
Difícil foi apenas no início… manter o rigor, mas passado pouco tempo e com resultados tão visíveis, a minha força só aumentava.

Com a perda de peso, a Fábia mostra-se uma mulher mais confiante e é até considerada um ícone de estilo: como se deu essa mudança?
Aconteceu naturalmente, algo que sempre esteve presente em mim, mas, como tinha medidas um pouco maiores, as dificuldades eram maiores… Sou muito eclética e gosto muito de me sentir bem com tudo o que uso.

Considera-se uma mulher vaidosa?
Sim! Sou muito vaidosa comigo e com quem gosto. Ser vaidosa no bom sentido da palavra, ser cuidadosa, ter brio.

O cabelo curto tornou-se, também, a sua imagem de marca: o que a levou a fazer essa mudança?
Com tudo o que é definitivo sou imensamente ponderada e penso muito e muito bem antes de tomar qualquer decisão. Quando são coisas que podem sofrer alterações, gosto de arriscar, experienciar… E foi assim que resolvi cortar o cabelo… Acordei num belo dia e, sem dizer nada a ninguém, decidi que iria experimentar usar o cabelo mais curto, e assim foi. Gosto muito dessa liberdade.

Costuma praticar exercício físico? Que modalidades prefere?
Gosto muito de caminhar. Costumo fazer 14 a 16km por dia, gosto de boxe e também costumo fazer treino acompanhado com PT. Aprendi a gostar de treinar e a necessitar desse bem diariamente.

Qual a iguaria a que não consegue resistir?
Posso chamar-lhe de iguaria, sim… porque, para, mim é! Adoro pão e, por vezes, é muito difícil, para mim, resistir-lhe. Sou um bom garfo, confesso.

Lá em casa, quem costuma cozinhar? Quais os pratos em que são especialistas?
Eu, sempre! Eu adoro cozinhar! Gosto de fazer tudo e lá está, gosto de experienciar, também, na cozinha, também porque cozinhar é uma arte, é libertador e podemos dar asas à nossa imaginação… Gosto de criar na cozinha! Invento muito! [risos]

Durante o período de confinamento, houve quem se tivesse dedicado mais à cozinha. Como foi no vosso caso? Como lidaram com o isolamento?
A cozinha fica sempre por minha conta. O isolamento não foi fácil, no entanto, aproveitámos para fazer coisas que não fazíamos por falta de tempo. O meu último disco "Eu Sou" foi composto, pré-produzido e produzido durante o confinamento, e muito dele desde as casas de cada músico, de cada um de nós.

E como é estarem afastados dos palcos tanto tempo?
É muito difícil estarmos impedidos de fazer aquilo que nos alimenta a alma, que é o combustível de toda a nossa inspiração… Fazer música, compor e produzir ajudou a amenizar tudo isso.

O que sonhava a Fábia ser quando era pequena?
Sempre sonhei em cantar e, felizmente, consegui cumprir o meu grande sonho.

O Fado sempre esteve entre as suas músicas de eleição ou passou pela fase de "rebeldia" em que se quer "fugir" às tradições?
Esteve sempre a partir do momento em que entrou na minha vida. Com 14 anos a paixão pelo Fado foi inevitável. É uma catarse emocional sempre que canto, porque, nesses momentos, estou totalmente exposta.

Sente o peso de ser familiar de Amália Rodrigues ou sempre o viu como uma bênção?
Nunca pensei nesse peso mas sim no privilégio de ser prima de Amália, da Celeste! É um privilégio imenso pertencer a uma família com tanto talento.

Artista revelação da "Operação Triunfo"; fadista; prima de Amália; companheira de Jorge Fernando e, em breve, mãe de Maria Inês: como prefere ser descrita?
Fábia Rebordão!

O seu último disco trouxe novas sonoridades e colaborações: o que podemos esperar do próximo trabalho? Mais temas escritos e compostos pela Fábia?
Sim, sou compositora e, cada vez mais, sinto necessidade de cantar aquilo que escrevo e que é sempre tão sentido. Quando assim é a mensagem é muito mais profunda e chega muito mais longe.

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