Em comunicado, a AIEP realçou que o prémio Martha de la Cal foi atribuído aos dois irmãos “pelo que fizeram ao recolocar a qualidade e o sentimento como fundamentos para a música popular, ultrapassando a musicalidade fácil e insossa normalmente associada à pop”.
“Num ano em que Portugal conseguiu ocupar um lugar no mundo pelas notícias positivas - com a saída do défice excessivo, com a presença de portugueses no mais alto lugar das Nações Unidas e na direção do Eurogrupo, com a coragem dos bombeiros que lutaram contra as chamas em duas tragédias, houve, na opinião da imprensa estrangeira em Portugal duas pessoas que se destacaram”, sublinhou a associação fundada em 1978, referindo-se a Salvador e Luísa, que deram a Portugal a primeira vitória na história da Eurovisão.
O prémio da AIEP distinguiu, no passado, os arquitetos Siza Vieira e Souto de Moura, o cineasta Manoel de Oliveira, o músico Carlos Paredes, os fadistas Mariza e Carlos do Carmo, o artista urbano Vhils, a pintora Paula Rego e a artista Joana Vasconcelos, o ator Joaquim de Almeida e os escritores Miguel Torga e José Saramago.
Os políticos Mário Soares, António Guterres e Durão Barroso, Francisco Pinto Balsemão, como empresário dos 'media', António Mega Ferreira, como responsável pela realização da Expo98, e os desportistas Figo, Fernanda Ribeiro e Vanessa Fernandes são outras figuras do ano da AIEP.
Foram igualmente distinguidos, os Capitães de Abril, a antiga embaixadora portuguesa na Indonésia, Ana Gomes, e os diplomatas e jornalistas, que trabalharam em Timor-Leste, em 1999, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação Champalimaud. No ano passado, o vencedor foi o selecionador nacional de futebol masculino, Fernando Santos.