A rainha Isabel II, de 95 anos, assinala este domingo, dia 6, o 70º. aniversário no trono, tornando-se na primeira soberana britânica na história a atingir o Jubileu de Platina, apesar de, inicialmente, não estar destinada a herdar a coroa.
A ascensão aconteceu em 1952, devido à morte prematura do pai, Jorge VI, que, por sua vez, chegou ao trono britânico, porque o irmão Eduardo VIII abdicou para se casar com a norte-americana, duas vezes divorciada, Wallis Simpson.
Dos primeiros dias como uma jovem monarca glamorosa com tiaras brilhantes até ao papel mais recente de "avó" dos britânicos, a rainha Isabel II acompanhou, ao longo das últimas sete décadas, várias crises, como o fim do Império Britânico, as greves dos anos 1980, o conflito na Irlanda do Norte, ataques terroristas, o Brexit (processo da saída do Reino Unido da União Europeia) e a pandemia Covid-19.
Desde que subiu ao trono, o Reino Unido já teve 14 primeiros-ministros, os Estados Unidos da América já tiveram 13 presidentes e o Vaticano já teve sete Papas.
Apesar das muitas mudanças e de diversas crises, a monarca tem sido um símbolo de estabilidade, representando os interesses do Reino Unido no estrangeiro e mantendo-se acima da política interna.
A morte da princesa Diana, em 1997, as acusações de racismo no seio da família real feitas pelo neto, o príncipe Harry, e, mais recentemente, o processo de alegados abusos sexuais contra um dos seus filhos, o príncipe André, foram outros dos acontecimentos que abalaram a monarquia britânica, nas últimas décadas.
Porém, a rainha Isabel II, cujo comportamento durante a atual crise pandémica tem sido exemplar ao nível do cumprimento das restrições, ao ponto de ficar sentada sozinha no funeral do marido, príncipe Phillip, em abril do ano passado, mantém níveis elevados de popularidade.
O Jubileu de Platina vai ser celebrado com uma série de eventos e iniciativas, que vão culminar num fim de semana prolongado por dois feriados, de 2 a 5 de junho.
Numa referência ao "coronation chicken", um prato de frango servido frio, com maionese, caril e outras especiarias, que foi criado para a festa da coroação em 1952, foi aberto um concurso a qualquer residente do Reino Unido, com mais de oito anos, para escolher uma sobremesa que marque a ocasião.
A receita será publicada para ser servida em festas populares ao longo do fim de semana de celebração, que começará a 2 de junho com o tradicional desfile militar junto ao Palácio de Buckingham, em Londres, já cancelado por duas vezes devido à pandemia Covid-19.
No segundo dia terá lugar uma cerimónia religiosa na Catedral de Saint-Paul, igualmente na capital britânica, e no terceiro dia, 4 de junho, a rainha prevê assistir, acompanhada por membros da família real, à corrida de cavalos de Derby, em Epsom Downs, atividade pela qual sempre se interessou.
No mesmo dia, realiza-se, também, um concerto de música ao vivo em Buckingham, anunciado como a "Festa Platinum no Palácio", evento que irá incluir algumas das "maiores estrelas do entretenimento do mundo", segundo informou a Casa Real, mas sem revelar nomes.
O dia 5 de junho, domingo, será reservado para as celebrações organizadas pela própria população, com festas de rua previstas em todo o Reino Unido.
O reinado da rainha Isabel II começou com a morte do seu pai, o Rei Jorge VI, em 6 de fevereiro de 1952, embora a monarca só tenha sido coroada em 2 de junho de 1953.
Tal como os Jubileus de Ouro (2002) e de Diamante (2012) da rainha, a primeira semana de junho foi escolhida para as comemorações, quando as condições meteorológicas são mais favoráveis a eventos ao ar livre.
Para permitir o fim de semana de quatro dias, o feriado que normalmente acontece na última segunda-feira de maio será transferido para 2 de junho e será criado um feriado adicional em 3 de junho.
Veja, agora, algumas das melhores imagens da rainha Isabel II, nas galerias de fotografias que preparámos para si.