Tem um negócio que todos conhecem, Receitas com Segredo, mas, entretanto, voltou-se para a área do imobiliário.
E já estou noutra área: abri um restaurante de sushi.
Como se consegue conciliar tudo? Receitas com Segredo já lhe ocupa muito tempo...
É verdade, mas eu sou investidor. Tenho um amigo, Luís, que hoje é meu parceiro, colega e irmão. Já fizemos vários negócios juntos. Já lhe dei alguns negócios e contactos. Ele, humildemente, revelando o carácter do homem que é, disse-me: "Marco, estou a ganhar muito dinheiro contigo. Se calhar, está na altura de juntares-te a mim". Pensei: "Porque não? Se for algo que consiga conciliar, não podendo nunca prejudicar uma parte por causa de outra..." É sempre mais um rendimento, é sempre mais um extra... Até para novos negócios, é sempre bom. Acho que devemos estar sempre prontos para as oportunidades que possam aparecer. E está a correr muito bem, graças a Deus.
Mas já se tinha imaginado, por exemplo, a ter um restaurante de sushi?
Não me imaginava nada. Tem três meses e a correr superbem.
Era um objetivo seu desdobrar-se por várias áreas?
Vou ser sincero - e digo isto desde 2011, quando me tornei conhecido com a "Casa dos Segredos". Em muitas entrevistas que me fizeram, perguntaram-me: "Imaginavas ter este sucesso como pasteleiro?" Eu respondo da seguinte maneira a toda a gente: eu imaginava-me a trabalhar muito no que quer que fosse. Se fosse empregado de limpeza, tentaria ter a melhor empresa de limpeza do País. Se fosse mecânico, tentaria ter a melhor oficina de todas. Ser tão versátil... Se me perguntasse, há dez anos, se me imaginaria? Não, não me imaginaria. Mas temos de estar sempre prontos. A vida, às vezes, dá-nos oportunidades. Nós é que estamos de olhos fechados.
Com tudo isto, quantas horas dorme?
Três, quatro horas por noite. Todos os dias! À segunda-feira, é a minha folga e nem aí consigo dormir mais [risos].
E é desafiante conciliar todos os negócios com a paternidade?
É principalmente desafiante conciliar a parte familiar, porque tem de haver, realmente, uma grande estrutura e uma grande família. Tudo o que eu faço é a pensar única e exclusivamente na minha família. Não quero, de todo, que os meus filhos passem por aquilo que eu passei, se bem que isso tenha feito de mim o homem que sou hoje.
É também isso que o leva a desdobrar-se em tantas frentes?
Completamente. Eu costumo dizer que eu era muito feliz de onde vim mas que, se puder não voltar, está tudo certo. Mas, se voltar, também está tudo certo. Faço tudo para que, pelo menos, tenha uma vida mais tranquila.
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