Entrevistas

Noble assume: "Aprendi a relativizar a vida e as suas consequências"

Finalista da edição de 2024 do Festival da Canção, Noble disputa um lugar na Eurovisão e conversou com a SELFIE sobre as ambições, mas também sobre as vulnerabilidades enquanto pessoa e artista.

O que o levou a concorrer ao Festival da Canção?
Uma vontade enorme de mostrar ao público que sou português e a possibilidade de levar Portugal ao Mundo através da minha música!


Qual a sensação de estar na final?
É uma sensação de gratidão inexplicável. Saber que estou na final do Festival da Canção por voto do público é um sentimento que me preenche e faz querer continuar a levar as minhas canções às pessoas.


(Além da sua) qual a sua canção favorita a concurso?
Estou bastante dividido. Todos os meus colegas levaram músicas incríveis ao festival, cheias de identidade e carisma. Mas sou grande fã da Iolanda e do Silk!


E qual o tema favorito da Eurovisão?
Tenho que dizer mesmo o "Amar Pelos Dois", interpretado por Salvador Sobral. Ainda hoje é uma música que faz parte das minhas playlists. Que letra tão linda.


A letra da música conta uma história muito importante da vida do seu pai e do seu avô... o que o levou a tornar pública esta história?
O amor dos nossos pais é o primeiro que nós conhecemos. É um amor que nos molda. Esta canção fala sobre retribuir esse amor, esse carinho e atenção. É sobre cuidar em vida, de quem nos deu vida. É uma mensagem pertinente e uma realidade vivida por muitas famílias. Achei que dar palco a este tema era muito importante.

"Honey" foi uma carta escrita à família, depois de receber um diagnóstico de possível cancro... "Memory" é sobre a relação do seu pai com o seu avô em fim de vida. A mortalidade é algo que o "atormenta"?
Não tanto quanto antes. Desde que passei pelo meu problema de saúde aprendi a relativizar a vida e as suas consequências. Hoje em dia sinto, cada vez mais, que sou uma pessoa do "agora" e não do "depois".


"Sinto-me frágil, sinto-me infantil, sinto-me pequenino outra vez. Talvez por estar a reviver memórias tão antigas e enraizadas na minha memória", disse a propósito da atuação e interpretação de "Memory" no Festival da Canção. É em palco que expõe todas as suas fragilidades ou é onde se sente mais poderoso?
No palco vivemos o extremo das duas emoções. É preciso aceitar as nossas fragilidades antes de nos expormos com tanta intensidade perante os outros. Mas a arte é isso mesmo, partilhar experiências, sonhos e emoções.

O que o levou a cancelar o concerto agendado para o Coliseu do Porto no início do ano? Como lidou com a situação?
O Coliseu do Porto é um sonho desde que sou artista. Sempre quis pisar esse palco, mas para o fazer tinha que estar (e terei que estar) na melhor versão de mim mesmo. Não senti que estivesse num momento onde fosse entregar algo incrível a quem viesse viver esse momento comigo, daí a decisão de cancelar.


No ano passado, deu alguns concertos além fronteiras. Qual o balanço? A internacionalização continua a ser o grande objetivo?
A internacionalização foi sempre um dos meus grandes objetivos e as coisas que fiz em 2023 no estrangeiro só vieram fortalecer a minha vontade de expandir a minha canção para outros mercados!

Se ganhar o Festival e for à Eurovisão, acredita que será o passo que falta para a internacionalização?
Não será o que falta, talvez, mas será sim um grande passo na direção certa. Estamos a falar de uma plataforma com uma exposição grandiosa que pode ajudar muito a carreira de qualquer artista!


Tem estado a compor novos temas? Está previsto um novo tema/álbum para breve?
Estou a compor novos temas e estou muito feliz por estar a dedicar tempo a isso. Em breve, vou partilhar coisas novas, estou ansioso!


Recorde-se que, numa entrevista exclusiva, concedida à SELFIE, o intérprete de "Honey" revelou-nos cinco coisas que ninguém sabe sobre Noble.

Veja, agora, na galeria, as melhores imagens de Noble.

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