Como surgiu a ideia de escrever o Pai Horácio?
Houve dois motivos que me levaram a escrever este livro. Primeiro, houve uma vontade de deixar um legado escrito para os meus filhos, e deixar em livro a fase mais feliz da minha vida. Este livro é parte de mim. Antes e depois de me apaixonar pela Sara [Biscaia, mulher de Marco Horácio]. E depois igualar os papéis na paternidade. O homem parte sempre com uma desvantagem de nove meses. Este livro tem dicas, sempre na ótica do utilizador, de como acompanhar todas as fases no processo da gravidez e saber lidar com a montanha-russa hormonal da nossa grávida.
Podemos dizer que se trata de uma autobiografia?
Sem dúvida. Numa primeira parte, partilho com o leitor a minha vida antes e depois de conhecer a Sara. Falo de um período da minha vida que poucas pessoas desconfiam. E depois falo de como eu, homem e humorista, vivi todas as fases da gravidez e o primeiro mês da nossa filha.
Este é um livro com que todos os homens se vão identificar?
Todos os homens e todas as mulheres com filhos, grávidas ou a pensar em aumentar a família. Digo, em tom de brincadeira, que é a Bíblia para qualquer homem passar uma gravidez sem dúvidas sem medos e com o peito cheio de confiança. A mim, tinha-me dado jeito antes de ter o Guilherme [filho de Marco Horácio, fruto de um anterior relacionamento] e a Leonor [filha de Marco Horácio, fruto do casamento com Sara Biscaia].
Sem revelar muito do livro, pode partilhar uma dica que seja especialmente surpreendente?
Falo sobre exaustores, calçada portuguesa, como preparar um pedido de casamento, objetos que podem salvar a vida do casal com um recém-nascido.