Big Brother

Liliana Queiroz recorda depressão: "Queria desaparecer várias vezes"

No programa "Goucha", Liliana Queiroz falou sobre alguns dos momentos mais marcantes da vida da ex-miss Playboy.

À conversa com Maria Botelho Moniz, que está a substituir Manuel Luís Goucha, no programa "Goucha", Liliana Queiroz contou como cresceu a lidar com a toxicodependência dos pais, bem como a depressão que sofreu após a morte do progenitor.

"Foi uma infância um bocadinho perturbadora, mas bastante cuidada. Ao mesmo tempo que via esta situação de toxicodependência, toda a minha família tentava proteger-me ao máximo dessa mesma situação", começou por contar a antiga modelo, que, após perceber a toxicodependência dos pais, foi viver para casa dos avós paternos.

"Sempre foram meiguinhos comigo e sempre se preocuparam com a minha educação, apesar de tudo o que estava a acontecer na vida deles. Apesar das más escolhas, eu seria sempre uma prioridade para eles, principalmente, da parte do meu pai", frisou a antiga miss Playboy, referindo-se aos pais.

Aos 15 anos, Liliana Queiroz ficou órfã de mãe e passaria a ser o pai o grande apoio: "O meu pai esteve sempre ali, manteve-se rijo, tanto que ele sempre foi o meu melhor amigo… O controlo emocional que ele tinha, o foco emocional que ele tinha era de tanta proteção para comigo, que ele conseguia controlar as próprias emoções para me poder aclamar e dizer 'está tudo bem'.".

Só que, quando Liliana Queiroz tinha 25 anos, viria a viver aquele que considerou um dos momentos mais traumáticos da vida da modelo: a morte do pai.

"Foi quando me tiraram o chão…", assumiu Liliana Queiroz, confessando que viveu sete anos com uma "depressão muito grande": "Fazia de tudo para dormir. (…) Não queria existir. Na altura, não sentia que a minha existência fosse necessária a alguém ou até mesmo a mim. Houve uns longos anos em que eu senti-me completamente desapoiada… queria desaparecer várias vezes."

Mais tarde, em 2013, Liliana Queiroz viria a ser convidada para entrar no "Big Brother VIP", uma experiência que a marcou profundamente: "Foi um abanão, mas foi esse choque que eu necessitava. Foi como se fosse um acordar, porque, desde a equipa até aos próprios concorrentes que lá estiveram e mesmo as pessoas cá fora, não estava à espera do carinho de tanta gente. Nunca esperei, porque nunca representei ali. Era uma miúda, sim, frágil, mas totalmente genuína. Foi tudo tão genuíno, tão meu, nada foi representado. (…) Foi tão lindo. (…) Foi tão bom, eu fiquei… parecia que conseguia respirar, eu chorava e dizia: 'Mas por que é que as pessoas gostam de mim?'. É que não fiz nada para tentar agradar seja o que for, fui sempre eu, por mais frágil que estivesse na altura e isso foi tão lindo."

Agora, licenciada em Enfermagem e mãe de um menino, Liliana Queiroz tem estado afastada da vida mediática e assume: "Eu não tenho que, obrigatoriamente, ter uma vida triste porque ambos os meus pais tiveram um fim triste. Eu posso mudar as coisas, eu posso reverter a história."

Veja, agora, os vídeos com as declarações de Liliana Queiroz.

Caso esteja a sofrer de algum problema psicológico, tenha pensamentos autodestrutivos ou sinta necessidade de desabafar, deverá recorrer a um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral, podendo, ainda, contactar uma das seguintes entidades:

- Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159

- SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545

- Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535

- Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 030 707

- SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020

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