Entrevistas

Joana Dias fala sobre novo livro... e prefácio de Cristina Ferreira: "Fiquei superfeliz"

A SELFIE esteve à conversa com a astróloga Joana Dias, que acabou de lançar mais um livro.

Fale-nos um pouco do seu novo livro, "O Poder das 12 Leis Universais da Astrologia". Como surgiu a ideia de o escrever?
Este livro vem no seguimento dos anteriores, completar uma série de livros dentro da minha área de trabalho. Como já tinha os de Tarot feitos, pareceu-me lógico começar a escrever sobre astrologia. A ideia é sempre a mesma, descontrair e descomplicar, para que as pessoas consigam ter acesso a informações que lhes facilitem a vida de alguma maneira. E, portanto, acho crucial, quando estamos a viver a vida, saber quais as regras desse 'jogo', para o conseguirmos jogar da forma melhor possível. Na prática, foi assim que surgiu a ideia. O livro remonta ao inicio dos inícios da astrologia. Revela quais são as regras da astrologia, para depois passarmos para o próximo nível de aprendizado, que será os arquétipos dos elementos. Mas isso será o tema do próximo livro

Pretende, então, escrever mais livros.
Sim, claro! Ainda há uns dia a minha filha me perguntou: "Mãe, quantos livros ainda queres escrever mais?". Eu respondi: "Não sei, filha. Quantos me ocorrerem. Pelo menos, mais três já estão alinhavados e meio escritos no meu computador".

Considera que estes assuntos ainda são vistos como um tabu para a sociedade portuguesa?
Tenho alguma reticência em dizer sim ou não. Sinto que estamos, neste momento, a viver um processo de transição entre o total desconhecimento ou só algumas pessoas terem acesso, para já se tornar uma normalidade o facto de as pessoas saberem o seu próprio mapa astral e não só o signo. Aliás, como reforço sempre, saber o ascendente será sempre mais vital do que o signo, pois esse também nos diz quem "manda" no nosso mapa, qual o planeta que nos envolve mais na vida...

Alguma vez foi vítima de preconceito?
No início, sim. A começar pela minha família… gozaram comigo, deixaram de me convidar, de uma forma tão regular, para os eventos. Só aí é que me senti assim. Mas, hoje em dia, são os que mais orgulho têm de mim. Mas foi, evidentemente, todo um processo para conseguir validar a minha forma de estar. Já fora da família, se aconteceu, alguma vez, passou-me completamente ao lado!

Qual é o tipo de problema mais comum entre as pessoas que procuram a sua ajuda?
Varia muito. Desde o amor ao trabalho. Estatisticamente falando, não posso dizer que há mais disto ou daquilo. É mesmo por fases, em certas alturas, as pessoas vêm mais por trabalho, outras, mais por amor. Quando vêm pela consulta em si, é mesmo para ganharem uma nova perspetiva de vida e conseguirem delinear uma estratégia nova para a mesma.

O primeiro impacto da astrologia na sua vida foi quando a sua mãe alugou um espaço a um cartomante, o João. Que idade tinha, na altura?
Tinha uns 15, 16 anos.

Voltou a falar com ele, mais tarde?
Sim! Claro que sim! Continuamos amigos, não falamos sempre. Aliás, a vida levou-nos por caminhos que parecem em tudo semelhantes, mas, claramente, são completamente diferentes. Dentro da mesma área, podemo-nos destacar de várias formas. Eu escolhi a consciência e ele ainda é muito como era antigamente… e adoro! Tenho um respeito muito grande por ele. Por acaso, acho que a última vez que falei com ele foi quando o meu pai morreu. Ou seja, há três anos.

E os seus pais, o que acharam quando se iniciou neste meio?
Como mencionei anteriormente, primeiro foi desafiante. Não gostaram nada, tentaram de tudo para me demover. Aliás, a minha mãe, que nunca tinha feito um telefonema para eu ir trabalhar para onde quer que fosse, na altura, ligou-me a dizer que poderia ser diretora de uma grande empresa e que era naquele momento ou nunca. Eu fui clara: "Agora, mãe? Agora que eu decidi este caminho? Agora não! Agora vou ver o que este caminho me reserva". Portanto, reagiram assim, menos bem, com imensas reservas, com algum bullying humorístico à mistura. Depois, o meu pai revelou-se o meu maior fã até morrer, e a minha mãe agora também é… Mas, como disse, foi todo um processo!

E os seus ex-maridos e filhos? O que disseram/dizem?
O primeiro ex-marido nunca se pronunciou sobre assunto. No limite, terá dito aos filhos que eu era maluca e que assim se comprovava. O meu segundo ex-marido, pai da minha filha mais nova, nunca acreditou em nada, mas sempre disse que eu era tão diferente que só poderia ser por aqui que iria marcar a diferença e sempre foi um grande apoiante. Isto é, exceto quando eu tinha ideias e lhe dizia: "Vou trabalhar para a televisão!". Aí ele pensava: "Lá está ela, louca". Mas, depois lá fui e, hoje em dia, apesar de separados, somos muito amigos e ele é um grande admirador, cheio de orgulho!

Como é a sua rotina, entre o papel de mãe e o trabalho?
Hoje em dia, já só tenho de me preocupar com a minha filha mais nova, que ainda precisa de horários. Os mais velhos já têm as vidas deles e só aparecem quando podem. Mas a rotina é fácil, pois acordo sempre cedo e ajusto-me aos horários da minha filha. Coloco o meu trabalho em tudo o que faço, ou seja, o meu telemóvel é a minha maior ferramenta de trabalho (as notas estão cheias, tenho mesmo de fazer uma limpeza). Quando vou à televisão, deixo tudo pronto para a Catarina e sigo. Ela já tem 14 anos e, nesses dias, fica mais independente ou pedimos ajuda ao pai, pois fazemos uma boa equipa por ela.

Há quanto tempo conhece a Cristina Ferreira?
Desde o dia 21 de março de 2019, o primeiro dia em que fui à televisão.

Costumam ter conversas sobre astrologia?
Sim, por vezes, quando há coisas desafiantes pelas quais estamos a passar. Consigo perceber, pelos astros e trânsitos que, de facto, não havia outra maneira de passar por aquela situação que não a que estamos a passar. Mas a Cristina é uma pessoa que sabe de letra todas estas leis universais. Como se costuma dizer, a Cristina já veio pronta, nunca ninguém teve de lhe explicar como funcionam as regras da vida, para ela saber como a vida funciona. Por isso, quando falamos é mesmo em forma de validação, pois ela percebe muito bem tudo o que se passa.

Ela alguma vez lhe pediu ajuda?
Na verdade, ficámos amigas. Por isso, tal como uma outra amiga, estamos e somos…

Quão importante foi ter a Cristina Ferreira na apresentação do seu livro e no prefácio do mesmo?
Antes de ser amiga da Cristina, já a admirava muito e, depois de me tornar amiga dela, ainda mais. O que acontece é que, como somos amigas, quero que ela seja a Cristina só. A mulher, a amiga. Portanto, quando lhe pedi, foi mesmo a pensar: "O não é garantido". Pois seria o normal, devido à vida dela, poderia não existir esta disponibilidade. Quando ela me disse que sim, fiquei superfeliz e sei que o fez não por ser a Cristina Ferreira, mas, sim, por ser minha amiga. E, claro, quando há prefacio é sempre bom irmos em conjunto apresentar o livro. Sempre o fiz desta maneira, já no último livro foi assim e só assim faz sentido.

Veja, agora, as imagens da referida apresentação, na galeria de fotos que preparámos para si!

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