Como referi em livros anteriores, para mim a história efetiva da Astrologia está documentada e explícita em vários sites e livros que indico na Bibliografia. O que importa reter dessa história é que a Astrologia se fundamenta na observação. Desde 15.000 a.C., o homem mesolítico já fazia observações do Sol e da movimentação da Lua. Temos provas de que na antiga Babilónia, a Astrologia era utilizada pelo Rei Sargão I – mais de 2.000 anos antes de Cristo – e por todas as mais importantes figuras da Humanidade que deixaram história escrita. Sabemos de grandes utilizadores de Astrologia como George Washington, Napoleão, a rainha Isabel I, Carl Jung e Isaac Newton (sim, o grande físico da humanidade!).
Parece-me, por isso, razoável dizer que se quisermos deixar a nossa marca na história é bom que usemos as ferramentas que temos ao nosso alcance para o fazer. Uma delas é colocarmos o Universo a nosso favor, pois, parece- -me, de outra forma continuaremos a insistir na tendência da maioria dos humanos de contrariar um pouco a habilidade que o Universo nos destina, em favor do que queremos que seja o nosso próprio destino, acabando por sermos mais um no meio da multidão. Claramente, na prática, ninguém quer isso. Acima de tudo ninguém é isso; estamos todos unidos e somos especiais, sem exceção.
O que explica os antigos usarem esta ferramenta, a Astrologia, para se guiarem no processo evolutivo. É importante estarmos cientes de que se trata de uma ferramenta que já remonta a "antes de mil e troca o passo" e que não faz mal esta mesma ferramenta ser aplicada!
Portanto vou começar por desconstruir o que realmente acho importante: o tão falado "mapa astral" não é mais que uma ferramenta específica para o autoconhecimento. Isto completa o que já tenho vindo a passar nos meus livros anteriores, no sentido em que o "mapa astral" e a leitura do Tarot são complementares. Sabermos agregar o mapa astral e o Tarot é fenomenal, pois dá-nos uma abrangência incrível para ajudar quem atravessa o nosso caminho, ou, acima de tudo, para nos conhecermos mais profundamente, porque muitas vezes nos surge as famosas questões filosóficas, quem somos, porque somos assim ou porque reagimos de determinada maneira, quando sabemos que essa maneira nem sempre é a melhor, através destas ferramentas. Elas também nos proporcionam um conhecimento mais aprofundado sobre porque que é que gostamos e somos atraídos por pessoas de determinado grupo social, e de determinados signos, porque conseguimos ser rápidos em determinados assuntos e noutros uma "pasmaceira" que até nos irritamos. A Astrologia vem, claramente, responder a estas questões e a tantas outras.
A Astrologia, para a maioria dos astrólogos, é o estudo das relações que se podem estabelecer entre as posições dos corpos celestes – que é o mesmo que dizer planetas e estrelas fixas, do sistema solar –, os acontecimentos físicos e as mudanças psicológicas ou sociais na consciência humana, aqui neste plano/dimensão a que chamamos Terra. E porquê o estudo da Astrologia? Simples. Porque os movimentos dos planetas e demais corpos celestes, com poucas exceções, são cíclicos e previsíveis; logo, passíveis de ser analisados, estudados e relacionados com acontecimentos pessoais e mundiais. Tanto quanto podemos entender, o Universo é bem ordenado. Embora essa ordem não seja tão visível de perto, ela existe (é vista a partir da nossa posição terrestre). Através desta somos bombardeados (com vontade ou sem ela, acreditando ou não, algo que é factual) diariamente. Somos geridos pelo que se passa nesta ordem universal, e estamos envolvidos, como seres humanos habitantes neste plano terreno, pelos acontecimentos astrológicos aos quais reagimos emocionalmente. Por isso seremos sempre envolvidos por eles, mesmo não tendo a perceção real deste gigante quadro cósmico.
Ainda assim, quando nos permitimos ser "lidos" através do nosso mapa astral, percebemos o quanto estes acontecimentos astrológicos, que acontecem a uma distância imensa da Terra, conseguem manifestar-se e influenciar de uma forma tão intensa a nossa vida de comuns mortais. Como afirma a teoria do caos, o bater de asas de uma borboleta num canto do mundo pode provocar um tsunami do outro lado. Na dinâmica da Astrologia o efeito é semelhante, os movimentos astrológicos entre planetas podem catalisar guerras e determinar crises individuais em cada um de nós.
Assim, ao relacionar experiências aparentemente imprevisíveis e aleatórias do homem, na dimensão terrestre, com as alterações rítmicas e previsíveis da posição e das relações dos corpos celestes, a Astrologia dá à humanidade um valioso sentido de ordem que, por sua vez, produz uma sensação de segurança, ainda que transcendental.
Desta forma, a Astrologia vem dissipar estas e outras dúvidas que tenhamos, e a cujas respostas jamais chegaríamos sozinhos. Vamos por partes. Começarei por explicar neste capítulo a disciplina das regras universais da Astrologia, nos capítulos seguintes (só para aguçar a curiosidade) vou explicar da forma mais simples possível o desenho do mapa astral, que engloba o círculo, como é feita a sua divisão através das casas, às quais está associado um signo, com determinadas características. Os signos são regidos por planetas que são altamente catalisadores das características dos respetivos signos. Vai ser muita informação, que espero conseguir descomplicar para que possa pôr em prática e interagir começar a ver as previsões dos signos de uma forma mais completa, com o entendimento de que todos somos influenciados por todos os signos.