Anderson, antigo futebolista brasileiro, de 35 anos, concedeu uma entrevista ao "Globo Esporte", na qual falou sobre Cristiano Ronaldo, com quem dividiu balneário no Manchester United.
"Quando cheguei a Manchester, fui para a casa do Cristiano. Agradeço-lhe muito, porque ele adotou-me. O Nani e eu vivemos com ele quase um ano e só saímos porque quisemos. Por ele, tínhamos continuado lá. Não gastávamos nada. Eu e o Nani, às vezes, ainda fazíamos umas compras... Mas o Cristiano levou-nos para os treinos, alimentou-nos, tinha um cozinheiro para nós. Tinha uma piscina dentro e fora de casa, jacuzzi, um campo de ténis", começou por contar.
No entanto, nem tudo foi um mar de rosas, no que dizia respeito à rigorosa rotina do filho de Dolores Aveiro. "O treino era às 09:30 horas, mas, às vezes, tínhamos de sair de casa às 06:30 horas, porque ele ia mais cedo e íamos com ele. O Nani e eu dormíamos nas macas, à espera, porque ele começava o trabalho mais cedo", contou Anderson, às gargalhadas.
"Se eu tivesse cinco por cento da mentalidade do Cristiano, estaria entre os 20 melhores médios daquela altura. O que atrapalhou foi aquele nosso lado brasileiro, de achar que já tinha ganho tudo e que estava tudo resolvido. De não querer um pouco a mais", lamentou Anderson.
Por fim, o antigo futebolista abordou, ainda, a segunda passagem (conturbada) de Cristiano Ronaldo pelos Red Devils. "Quando houve o regresso do Cristiano... É o Cristiano Ronaldo. Protege-o. Hoje, o Cristiano marcou 50 golos. 'Ah, mas é na Arábia Saudita'. Sim, mas tem 50 golos. Dá-lhe três oportunidades, em duas ele vai marcar. Isso é um facto! E quem joga contra ele, tem medo. E, hoje, ninguém tem medo de jogar contra o Manchester. Sabem que o Manchester leva porrada atrás de porrada. Ele voltou num momento de reconstrução do Manchester e disseram: 'Desenrasca-te'. E marcou 25 golos. Depois, foi embora. Há alguma coisa errada", rematou.