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Cláudio Ramos lamenta morte: "Amada por um país inteiro. Ensinou-me muito"

No Instagram, Cláudio Ramos manifestou pesar pela morte de uma figura da televisão.

"Quem gosta de televisão e de programa diurnos perde, hoje, uma absoluta referência. Maria Tereza Campos, a rainha da televisão em Espanha, morreu": anunciou Cláudio Ramos, no Instagram, numa publicação dedicada à jornalista e apresentadora espanhola, que morreu esta terça-feira, dia 5, em Madrid. 

"Estava há mais de um ano afastada da vida pública, depois de, numa entrevista, ter 'suplicado' para que alguma estação de televisão lhe desse um projeto, uma pequena colaboração que a pudesse manter ativa, porque não aguentava o facto de não se sentir valorizada. Recusava-se a sair de cena, a ficar em casa", recordou o apresentador do programa "Dois às 10".

"Durante largos anos, foi a rainha das manhãs televisivas. Foi pioneira nas tertúlias políticas e de atualidade nos programas da manhã, meteu donas de casa da época a falar destes assuntos no dia a dia e transformou as manhãs num lugar aberto onde se passou a falar de tudo. Liderou anos. Muitos anos na Telecinco - deixando depois o lugar a Ana Rosa Quintana, ao protagonizar uma polémica e desastrosa transferência para a Antena 3, onde os programas nunca vingaram. Voltou depois à Telecinco. Recusava-se a deixar de trabalhar. Sentia-se capaz", contou, ainda, Cláudio Ramos.

"Amada por um país inteiro. Morreu aos 82 anos e nesta vida da 'farândola', como dizem eles, fica a pergunta, será que em algum momento da sua carreira Maria Tereza deu um passo errado? Porque, a partir de certa altura, o brilho dos olhos não era o mesmo, as mãos que sublinhavam as frases assertivas não o faziam com a mesma garra. Devagarinho, foi-se apagando... Não que isso se relacione com a morte, que essa é inevitável, mas com o facto de a imagem que fica dela dos últimos anos é a de uma mulher profundamente triste, porque não soube, não quis ou não se preparou para a saída. Triste e magoada", considerou o comunicador, assumindo: "A mim, ensinou-me muito. Ensinou-me, por exemplo, que um apresentador não é nem deve aceitar ser um papagaio. Que no dia que o for não está a respeitar o público, está a pensar pela cabeça de outra pessoa. Que um apresentador tem opinião e direito a ela mesmo que não agrade a todos. Que se o apresentador tem mãos, não deve ter medo de falar com elas. Ensinou-me que neste mundo não há unanimidade e, mais importante, que não se deve viver na ânsia de querer agradar a todos. É mito!", rematou Cláudio Ramos.

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