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Catarina Siqueira entra na minissérie sobre Tony Carreira com personagem única: "Não queremos guerras entre as fãs"

Em conversa com a imprensa, a atriz Catarina Siqueira falou sobre a personagem que interpreta na minissérie "Tony".

Catarina Siqueira integra o elenco da minissérie "Tony", uma biografia de quatro episódios sobre Tony Carreira.

Em declarações à imprensa, num dos dias de filmagens, a atriz falou sobre a personagem que irá interpretar nesta nova aposta da TVI, em parceria com a Prime Video.

"No fundo, sou a cabecilha do grupo de fãs do nosso Tony, que tem fãs completamente tresloucadas. Sou um bocadinho a representação dessa loucura toda, dessa loucura toda que o acompanha e que o persegue no fundo e que anda atrás dele por todos os concertos pela Europa inteira. E é muito engraçado, porque nós aqui tanto temos a figuração normal, como temos mesmo o grupo de fãs oficial do Tony que vem para nos apoiar, vem apoiar o projeto e os atores. E como é sobre o Tony, elas querem estar presentes. Então, tenho tido uma sorte desmesurada, porque tenho bebido muito daquilo que são realmente as verdadeiras fãs dele. E então estou a tentar fazer jus a esse grupo essencialmente de mulheres que o acompanha com com tanta dedicação", começou por contar Catarina Siqueira.

A artista mostrou-se surpreendida com a dedicação destas admiradoras de Tony Carreira: "Uma vez, perguntei-lhes como era que possível. Quer dizer, como é que se predispõem a gastarem tanto dinheiro, porque elas pagam do bolso delas todas as viagens, os hotéis, os concertos, só para estarem com ele, só para terem o privilégio de estar com ele. Elas dizem que ele é uma pessoa extraordinária, muito amável. Tenho a sorte de conhecer o Tony já há alguns anos e, de facto, posso confirmar isso, mas.a maneira como elas falam sobre ele é mesmo como se ele fosse essencial à vida delas. Até já perguntei assim, em tom de brincadeira, a uma delas: 'Então, e como é que é quando o Tony arrumar as botas?' E ela ficou com um ar desesperado e disse: 'No dia em que o Tony arrumar as botas, arrumo as botas também! Não sei o que é que faço à minha vida!' Portanto, elas têm mesmo um carinho muito especial por ele."

"E há assim um grupo mais fechado de fãs que ele já conhece muito bem e que convida inclusive para alguns jantares exclusivos com ele, onde ele partilha algumas coisas da vida dele. Portanto, elas quase que sentem que são amigas dele e que ele é essencial na vida delas. Já perguntei se os maridos estavam todos ok com isso. Elas dizem que sim. E, pronto, costuma dizer-se: 'Um dia, ponho-te as malas à porta.' Os maridos destas senhoras dizem: 'Um dia, ponho-te as malas à porta de casa do Tony!'", acrescentou, em tom de brincadeira.

Catarina Siqueira afirmou, também, que Tony Carreira "tem estado bastante presente no projeto": "Está sempre a par de tudo o que se passa. Retifica algumas cenas, inclusive, para que isto seja o mais fidedigno possível."

Sem querer revelar muito, Catarina Siqueira contou que a respetiva personagem vai tomar atitudes "tresloucadas" no decorrer da história: "Acho que é inevitável falarmos aqui um bocadinho sobre a questão do fanatismo. Isso existe, claro, de facto, mas acho que o fanatismo leva a um sítio, às vezes numa proporção um bocadinho fora daquilo que que seria o normal. Não posso desvendar muito, mas já gravei uma cena de uma fã que perde toda a noção. Há cenas, sei lá, de ela a tentar beijá-lo, a tentar agarrá-lo... Vamos ter a representação de todas essas situações e de todo o tipo de fãs que existem. E a minha personagem específica é uma fã completamente tresloucada, sem medo absolutamente nenhum das consequências e que não quer saber se o Tony é comprometido, se é casado... É lhe indiferente: ela faz o que tem a fazer para chegar aonde tem de chegar."

A personagem conta, ainda, com uma particularidade: não tem nome. "Optámos aqui por não não lhe dar um nome específico, precisamente para haver a representatividade de todo o grupo de fãs, portanto, nunca é dito o nome inteiro. Nunca é dito o nome dela, precisamente por isso, porque há, de facto, uma legião de fãs. É um grupo de fãs que conta com 4000 pessoas, 4000 membros, geridos por uma pessoa que organiza. Não quisemos estar a dar um nome, porque, escolhendo o nome para esta personagem, haveria com certeza algumas delas que se iriam chamar assim. E não queremos guerras entre elas, queremos que elas se sintam todas em pé de igualdade", assinalou a artista.

"E é muito engraçado, porque depois elas ao mesmo tempo, o grupo de fãs já é tão grande que meio que se divide ali. Portanto, há umas que se dão muito bem, que são muito amigas e que andam juntas para todo o lado. E depois há umas que não se podem nem ver, porque são aquelas que chegam e que querem marcar o lugar, e que se empurram umas às outras e acabam todas a discutir. E há algumas até que se pegam. Mas aqui [na minissérie "Tony"] não vamos ter esse esse género de cenas, não há cenas de pancadaria entre fãs. Há uma cena assim um bocadinho mais exaltada, mas nada, nada de violência", confidenciou Catarina Siqueira.

Ao preparar-se para este trabalho, a atriz contactou com muitas histórias de dedicação das fãs a Tony Carreira. Histórias que não a deixaram de impressionar: "É muito engraçado e tiro-lhes o chapéu, porque estamos a falar de um concerto que é às 21:00 horas de um sábado e elas na sexta-feira às 08:00 horas já lá estão a marcar lugar e depois revezam-se umas com as outras para terem a certeza de que ficam ali na primeira fila, porque havia uma ontem que me dizia assim: 'Eu até à quinta fila está tudo bem, mas mais para trás do que isso, não. Para isso, fico em casa a ver... Mas não consigo, tenho de ir,  tenho de ir...' E, portanto, acompanham, vão a todos. Já perguntei também a uma senhora quantos concertos é que ela tinha falhado do Tony. E ela disse-me que, na vida toda, achava que à volta de dez. E estamos a falar de pessoas que o acompanham mesmo para todo o lado. Não é só aqui em Portugal, elas vão para todo o lado. E é muito engraçado ver essa dedicação, não é? Acho que também é um orgulho para nós, enquanto portugueses, ter um artista português que tenha esse reconhecimento e esta projeção perante as pessoas que gostam genuinamente dele, ele só pode ser muito boa pessoa. E, para além disso, obviamente que é um artista muito conceituado e com todo o seu mérito."

E interpretar uma personagem inspirada em pessoas reais aumenta a ansiedade de Catarina Siqueira? A atriz respondeu: "Já vou um bocadinho calejada este ano nesse sentido, porque acabei de estrear um filme também, 'Revolução sem Sangue'. Fiz uma personagem que ainda estava viva e tive o privilégio de falar com ela, antes das gravações. E aqui acabou por ser um bocadinho a mesma coisa. Não só tive a oportunidade de falar com elas antes, como também aqui elas também estão presentes connosco. Portanto, cria-se um ambiente em que, às tantas, é impossível, não seres contagiado pelo próprio ambiente. Às tantas ali, nas pausas entre o 'ação' e o 'corta', estou ali com elas e faço algumas perguntas: 'Então, mas e como é que é?'; 'E ele fazia isto, e agora?'; 'E se ele agora atirasse o casaco, o que é que vocês faziam? Como é que como é que vocês reagem?? E é engraçado, porque tenho-as todas ali na primeira pessoa a contarem-me a história delas e eu aproveito todos esses bocadinhos para esta personagem."

Finalmente, Catarina Siqueira mostrou-se feliz por fazer parte de mais este projeto de ficção da TVI: "É uma série pequenina, mas muito compactada e muito fiel àquilo que é suposto. Conta a história do Tony, conta a história da vida dele, da carreira dele. Acho que é sempre bom homenagear os nossos artistas. No fundo, homenagearmo-nos uns aos outros em vida. Homenagear os colegas é bom. É mais um projeto em ficção e gosto muito daquilo que faço. É maior por ser o Tony, por ser alguém que tu conheces e admiras, mas trago sempre o mesmo profissionalismo e a mesma responsabilidade para todos os projetos que faço. Entrego-me sempre com a mesma dedicação. Claro que ser o Tony, por ser uma pessoa por quem tenho um carinho especial, por conhecê-lo, por ser uma pessoa tão próxima, acresce aqui, talvez, alguma vontade de corresponder mais àquilo que é pretendido, porque sei que ele está muito em cima do projeto e que está a ver tudo o que é que se passa para ter a certeza e, portanto, queremos fazer, queremos corresponder. Queremos agradá-lo a ele também. Não é só ao público, que é, obviamente, o nosso alvo sempre, mas também, neste momento, queremos agradar o Tony e a família. Queremos que eles se orgulhem muito deste projeto."

Veja, agora, algumas das melhores imagens de Catarina Siqueira, nas galerias de fotografias que preparámos para si.

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