Não conteve as lágrimas no momento em que se cantou os parabéns ao Devela. Porquê?
Estou muito emocionada... Estou muito feliz por aquilo que conquistei. Como agora tenho estado um bocado em Lisboa e, por isso, mais ausente daqui... Vou chorar outra vez... [Emociona-se e faz longa pausa.] Não sei porque estou assim...
Sabe, mas não quer verbalizar.
São saudades de casa... [Volta a chorar. Recompõe-se após nova pausa] Estou muito orgulhosa do Devela, de mim, do meu irmão, da minha equipa. Vim para aqui com o meu irmão e esta malta é a minha família. [Volta a chorar.] Desculpe... [Limpa as lágrimas.] Estes dois anos não foram fáceis. Estávamos aqui os dois sozinhos e, aos pouquinhos, fomos criando a nossa família. São amigos mesmo amigos, que se preocupam connosco e com o Devela. É a minha família. Estou emotiva, porque estou muito orgulhosa e feliz por ter estas pessoas comigo. São pessoas que nos querem bem. É a família que eu escolhi.
Ao fim de dois anos, essas lágrimas têm também sabor a vitória?
Sim. Desde o primeiro dia que o Devela, para mim, tem sabor a vitória. Mas, hoje, sim. Já há um ano, quando festejámos o primeiro aniversário, acho que foi o dia mais feliz da minha vida. Ainda foi mais importante do que a abertura em si. De repente, olhei à minha volta e tínhamos casa cheia, com pessoas que gostam de nós e que estão connosco. Hoje, tem um sabor diferente, porque estive seis meses ausente, tenho estado muito em Lisboa e tenho-me focado muito em mim. Mas isto também é meu. O Devela somos eu e o meu irmão. E, hoje, olhar à minha volta e ver pessoas que vêm aqui para estar festejar este dia connosco deixa-me muito emotiva.
O que pensou quando deu um abraço ao irmão e começou a chorar?
Para mim, o meu irmão é a minha família. Somos eu e o meu irmão contra tudo e todos. Tenho outro irmão, o Dani, que também é muito importante para mim e é alguém de quem nunca me esqueço! Amo-o do fundo do coração! Mas esta aventura é comigo e com o Rafa. Passámos por muitas dificuldades, pássamos por muitas coisas boas e coisas más... Isto é uma vitória! Valeu a pena, está a valer a pena... Estamos a colher os frutos do nosso esforço neste tempo todo. Deixa-me muito feliz ver a casa como está hoje.
Ter um bar era um sonho?
Não. Foi a vida que me pôs a frente. Nunca tinha tido o sonho de ter um bar. Abri o Devela sem saber tirar um fino [risos]. Juro! Foi uma oportunidade que surgiu. Estávamos no Luxemburgo e sempre tivemos o sonho de vir viver para Portugal. Entretanto, soube que este negócio estava disponível. Viemos vê-lo, ficámos apaixonados e tivemos logo muitas ideias para transformar isto naquilo que é hoje.
E, agora, o que vem aí para o Devela?
Durante o tempo em que estive no "Big Brother", foi muito difícil gerir isto. Porque não era só gerir o Devela. Era também gerir a minha participação no programa. Agora, estamos todos focados no que é importante: o Devela. Queremos melhorá-lo semana após semana, com ideias novas, sem deixar morrer o projeto.
Vem aí o verão...
Sim! Mal comece o calorzinho, vamos abrir novamente a esplanada. Queremos ter um DJ todos os fins de semana. Que chegue rapidinho o calor, porque realmente faz uma diferença muito grande ter a esplanada aberta.
Esperava tanta gente aqui hoje?
Vou ser sincera: sim, esperava. Porque, no ano passado, também foi um bocadinho parecido. Também tivemos muita, muita, muita gente. Hoje, estava à espera de ser melhor. E foi!