Como se tem essa vitalidade aos 58 anos? Há algum segredo?
Não tenho qualquer segredo. Nasci num caldeirão [risos]. Costumo dizer que tenho o melhor do meu pai e o melhor da minha mãe. Também me devem ter feito numa noite de muito amor... Nasci explosiva. Até achei que, com a idade, acalmaria, mas continuo explosiva. Sempre. A aproveitar da melhor maneira a vida. Não quer dizer que tenha os meus momentos de tristeza...
E vive-os sozinha ou partilhando-os com os outros?
Sempre partilhando. É por isso que acho que vou resolvendo sempre os meus problemas, porque falo deles. Sou um coração aberto, não tenho medo de julgamentos. Depois, faço muito desporto. Para mim, o desporto é essencial para a minha saúde mental.
Algum em específico?
Vou todos os dias ao ginásio. Faço tudo.
Sempre foi assim ou teve de regrar-se?
Sempre fui assim. Comecei no ballet quando era muito pequenina e nunca mais parei de fazer desporto. E preciso mesmo de fazer desporto.
E existem cuidados com a alimentação?
Cá em casa, costumam dizer que não como. Não sou nada um bom garfo. Gosto muito de picar... Tento jantar sempre bem, mas não sou de grandes alimentações. Nada disso.
Sente-se melhor agora do que há 20 anos?
Não. Sempre me senti lindamente. Adorei estar grávida, por exemplo. Sempre gostei muito da minha imagem.
E faz tratamentos estéticos?
Radiofrequências... De vez em quando, ponho botox... De resto, não faço mais nada. O corpo é todo meu. Nunca fiz lipoaspirações, nem pus maminhas... Nada disso. Quero envelhecer bem. Posso cuidar-me e tratar-me para me sentir bem, mas não quero nunca perder a minha identidade, nem aquilo de que sempre gostei. Não quero mudar. Quero poder atenuar algumas marcas. Não quero parecer aquilo que não sou, porque tenho quase 60 anos.
