Como está a correr o regresso à TVI?
Muito bem. Tive umas aventuras por fora... Digamos que é como se tivesse feito uma viagem à volta do mundo neste últimos anos. Porque, entretanto, aconteceram coisas bastante graves, como a pandemia. Todos nós sofremos e sofremos as consequências disso. E isso também se refletiu muito no meu trabalho na SIC, o que foi uma pena. Porque, de facto, tinha imensos projetos que caíram, como aconteceu em todo o lado. Também tinha uma peça de teatro com o Diogo Infante, que não pude fazer, porque teve de se parar. Foi um período muito violento e muito agressivo, mas também com muita expectativa de fazer mais coisas...
E, de repente, surgiu a possibilidade de regressar à TVI?
Ter voltado aqui é mesmo como ter voltado a casa. É aquela sensação que se tem quando se vai a casa da mãe.
Foi fácil José Eduardo Moniz [o Diretor-Geral da TVI] convencê-la?
Foi muito fácil. Na verdade, ele não precisou de me convencer. Só precisou de me telefonar e de saber se estava tudo bem e se não havia questões contratuais... Porque ele conhece-me tão bem - e eu acho que também o conheço bastante bem, ao fim de 30 anos e de termos trabalhado juntos variadíssimas vezes. E quando eu vejo um certo sorriso dele - eu já sei o número dos sorrisos dele - é porque há uma satisfação interior e há uma certeza daquilo que está a propor. E eu dentro da minha emoção... Eu falo tanto, sou um bocado excessiva e sou uma pessoa que se expõe bastante e que fala bastante de si... Não tenho esses pudores. E, às vezes, os meus silêncios dizem-lhe muito, porque ele percebeu que eu fiquei seriamente, seriamente comovida [emociona-se].
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