Goucha

Namorada do filho de Zulmira Ferreira acusa hospital: "Ele foi assassinado"

A namorada do DJ Eddie Ferrer, Maria Rocha, concedeu a primeira entrevista desde a morte do filho de Zulmira Ferreira.

Pela primeira vez, a namorada do DJ Eddie Ferrer, Maria Rocha, falou sobre a morte do filho de Zulmira Ferreira, numa entrevista concedida a Manuel Luís Goucha, na emissão desta quarta-feira, dia 11, do vespertino da TVI.

Eduardo estava em Istambul, Turquia, a fazer escala para o Catar. "À uma da manhã de Portugal, ele ligou-me a mostrar o quarto e a cidade. Estava feliz. Disse que, no dia seguinte, ainda ia tentar dar uma volta pela cidade", recordou Maria Rocha.

O DJ Eddie Ferrer e a companheira, que mantinham uma relação há aproximadamente dois anos, ainda trocaram mensagens na manhã seguinte. Desde aí, o filho de Zulmira Ferreira nunca mais deu sinal de vida e só mais tarde, quando foi questionada por Zulmira Ferreira sobre o filho, é que Maria Rocha começou a estranhar. "Caiu-me a ficha. Pensei: 'Isto não é normal. Alguma coisa aconteceu, porque ele nunca passa um dia inteiro sem dizer nada'", referiu.

A namorada de Eduardo "pensava seriamente que ele pudesse estar numa clínica". "Havia um problema de saúde?", questionou o anfitrião do programa "Goucha". "Sim, ligado ao estômago. Sentia-se mal e, às vezes, tinha de ir tomar soro. Isso já era habitual nele", confirmou Maria Rocha.

No entanto, o cenário era mais grave. A família descobriu, quatro dias depois do sucedido, através da embaixada portuguesa na Turquia, que o DJ Eddie Ferrer estava numa clínica. Mas sem saber o que, de facto, tinha acontecido.

Chegados à clínica, viram Eduardo "sedado", tomando conhecimento de que ele tinha um aneurisma. "Era uma clínica pequena. Nós víamos que não tinha grandes condições. A nossa maior preocupação era tirá-lo de lá e pô-lo numa clínica melhor", salientou.

"Eles disseram que ele não podia ser transportado, porque corria risco de vida, que teria de ser operado lá e que a minha sogra tinha de fazer o pagamento de imediato da intervenção cirúrgica. Isto é muito grave. Felizmente, a minha sogra pôde fazer o pagamento. Qualquer outra pessoa, morreria ali. Eles exigiram 26 mil euros, a pronto pagamento. A minha sogra assinou os documentos e fez o pagamento. A nossa surpresa foi quando, às quatro da tarde, nos disseram que ele ia ser transferido para outra clínica porque eles, ali, não tinham como o operar. Entrámos em parafuso: 'Como assim? Ele não podia ser transportado e agora pode?'. A a mãe já tinha pagado. Só quiseram o dinheiro. Ali, o mais importante não foi uma vida. Foi o dinheiro. O dinheiro é que prevaleceu", argumentou Maria Rocha.

O filho de Zulmira Ferreira acabou por ser transferido para outra clínica "que eles contrataram, à qual pagaram muito menos dinheiro", numa viagem que durou "uma hora e meia". "Ao fim de uma hora, acabou a cirurgia e não nos disseram nada. Só nos disseram que ele ia voltar para a clínica com menos condições. Ele fez mais uma hora e meia de viagem. É gravíssimo, para uma pessoa que fez uma cirurgia daquelas. Ele foi assassinado", acusou.

Há, no entanto, algo "estranho" que Maria Rocha fez questão de apontar: "Acabou a cirurgia e nós queríamos falar com os médicos para saber como tinha corrido, mas ninguém nos dava informações. Eles disseram: 'Enquanto a outra clínica não nos pagar, nós não damos informações à família'. Tivemos de esperar uma hora e meia para eles receberem o pagamento para nos dizerem que a cirurgia tinha corrido bem e que, o que poderia acontecer de mais grave, era ele ficar com um problema num olho."

"No dia seguinte, fomos vê-lo. Estavam a tirar-lhe a sedação. Aí, é que eles o assassinaram. Posso dizer isto. Que me processem! Eles assassinaram-no porque eles começaram a tirar-lhe a sedação e ele estava numa aflição...", desabafou, recordando, ainda, palavras dirigidas ao companheiro: "Eu disse-lhe: 'Amor, eu estou aqui. Se me estiveres a ouvir, levanta o braço'. E ele levantou o braço."

A família do DJ Eddie Ferrer acabou por abandonar a clínica, sem imaginar que a pior das notícias estaria para chegar. "No dia seguinte, ligaram para o hotel a dizer para irmos de imediato para o hospital, porque tinham notícias para nos dar. Eu tenho de ser muito honesta: nunca pensei que o desfecho era aquele. Pensei que tinham voltado a sedá-lo. Nunca pensei que o pior tinha acontecido. Nem me passou pela cabeça semelhante coisa", admitiu.

Chegados ao hospital, foi-lhes confirmada a morte de Eduardo. Estávamos no dia 19 de novembro do ano passado. "O coração fez bastante esforço, o cérebro deixou de fazer conexão com o coração e o Eduardo morreu", disse-lhes um médico.

Veja, agora, os vídeos da entrevista concedida por Maria Rocha a Manuel Luís Goucha.

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