Na leitura do acórdão, o coletivo de juízes deu como provados os factos da acusação, condenando Abel Fragoso, de 22 anos, a 16 anos de prisão por um homicídio qualificado consumado e 11 homicídios na forma tentada (tentativa de homicídio), além de uma pena acessória de inibição de conduzir por quatro anos.
Na visão da juíza, o arguido não atuou por negligência, ao contrário do que apontou em sede de julgamento, mas "por ter o orgulho ferido por ter sido agredido ao pé de tanta gente".
"O senhor podia ter seguido outros trajetos, ao contrário do que foi referido, mas decidiu seguir pela rua onde o trânsito estava vedado. O senhor sabia a quantidade de pessoas que estava na Travessa do Açougue", referiu a juíza.
O caso remonta a 15 de setembro de 2018, quando Abel Fragoso embateu num grupo de seis pessoas numa rua fechada ao trânsito, nas Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem, na Moita (Setúbal), tendo provocado a morte de Açucena Patrícia, irmã mais nova de Yannick Djaló, e ferimentos em outras cinco pessoas, que receberam tratamento hospitalar.