A atriz saiu de casa aos 13 anos, para viver com uma pessoa, uma relação que se transformou num verdadeiro inferno que a isolou de toda a família. Ainda assim, Laura Galvão encara a situação como uma aprendizagem: "Fui obrigada a crescer rápido demais, mas não me arrependo, porque acho que não era a pessoa que sou hoje [...] [Saí de casa da minha mãe porque] essa pessoa, também, merecia estar comigo, era o que eu ouvia constantemente."
Laura Galvão era obrigada a cumprir uma lista de exigências, e confessou não ter tido tempo para ser criança: "Era obrigada a fazer desporto. Tinha várias rotinas. Boas notas e ajuda em casa, fosse em que tarefa fosse. [...] Sei fazer cimento, sei fazer um chão. [...] Aos 13 anos, já não brincava"
"Eu fui viver com essa pessoa, com 13 anos, em que me tinha sido mostrado um lado dessa pessoa que eu descubro, rapidamente, que não existe. E, quando descubro, tento sair e é-me negado. É-me proibido o contacto com a minha mãe. As chamadas são em alta-voz, seja para os meus irmãos, seja pela minha mãe. [Na escola] sou vigiada pela GNR local e pela pessoa [...] A pessoa tinha conhecimentos e foi criado um controlo sobre mim, para saber o que eu vivia e para onde ia.
Depois de vizinhos terem negado ajuda a Laura Galvão, a atriz arranjou uma solução: "Consigo o contacto de uma tia minha, que fala com a minha mãe. Combinamos um ponto para nos encontrarmos e a hora. Portanto, tudo cronometrado. Foi, ali, um tempo de combinar a minha saída."
O nascimento da filha, de três anos, fez com que a atriz quisesse cortar, definitivamente, relações com essa pessoa, no entanto, Laura confessou que, ainda hoje, o ama, porque perdoou.