Nesta altura, já todos virámos a ampulheta e contamos as horas para a passagem do ano. A tradição exige que se vista uma roupa bonita e festiva (que inclua uma peça azul, pois parece dar sorte), se beba champanhe e se coma as doze passas no exato momento em que se ouvem as doze badaladas. Um ritual que se repete todos os anos e que, inevitavelmente, vem acompanhado por um balanço interno dos 12 meses anteriores.
Classicamente ao iniciarmos o ano, mentalmente elaboramos uma lista de promessas que inclui itens tão diversos como: iniciar uma dieta, ir ao ginásio, retomar os estudos, comprar casa, gastar menos em futilidades... Um sem número de coisas que, muitas vezes, não chegam a passar de intenções.
Para quem já adquiriu o hábito de dialogar com os próprios botões, o clima de renovação é um convite para fazer um balanço do ano que termina. Qual o saldo de 2022? Houve alguma evolução, quer em termos pessoais, quer profissionais? Onde é que falhámos? O que há a melhorar?
Esta reflexão é um meio de nos conhecermos melhor, de nos apercebermos dos pontos "menos fortes" e que necessitam de ser melhorados.
O marco do calendário é como um ponto final numa frase. Permite-nos iniciar um parágrafo, talvez até um novo tema, uma nova história. Olhar para o que ficou para trás, aprender com as experiências passadas é, também, um bom (re)começo. Uma das conclusões a que se pode chegar, é que estabelecemos metas impossíveis de concretizar, o que nos leva a pensar em ser agora um pouco mais realistas.
A autocrítica, pode servir de motor para o crescimento visando garantir um saldo positivo no ano seguinte. Ainda assim, há que ter cuidado e não cair em avaliações demasiado radicais, já que essa atitude leva à desmotivação e, por conseguinte, não se operam mudanças.
Sejamos, então, benevolentes connosco próprios, afinal de contas é um novo ciclo que se inicia e pode ser que seja desta que consigamos colocar em prática os projetos que temos vindo a adiar.
Um bom 2023!