Há seis anos, quando decidimos lançar a SELFIE, várias perguntas também ecoaram na minha cabeça. Haveria espaço para um novo projeto? Como seria concorrer com tantos sites e revistas já estabelecidos no segmento? Conseguiríamos conquistar a confiança das figuras públicas tantas vezes desacreditadas no jornalismo social? Seria possível impor um jornalismo sério e rigoroso (não deveria ser sempre assim?) nesta área diversas vezes apontada como sensacionalista e sem profundidade? Estaria o público disponível para conhecer uma nova marca?
Hoje, sabemos que, quando se acredita num projeto, quando nos rodeamos das pessoas certas e quando o objetivo é comum, só pode dar certo. E, sim, havia (e há!) espaço para a SELFIE.
Numa sociedade em que nos dizem que falarmos sobre nós parece mal, mas que, ao mesmo tempo, nos espicaça, porque se não nos soubermos vender nunca vamos chegar a lado algum, prefiro que o trabalho fale por si e que os resultados estejam lá para corroborar. Por isso, sou tão adepta do falar menos e fazer mais. Mas, hoje, porque a SELFIE completa seis anos, abro uma exceção.
A verdade é que, desde 2017, o segmento de social tem crescido em reach e a SELFIE tem disputado o lugar da liderança em visitas e páginas vistas. Mais: face ao último ano, e na comparação com a maioria dos projetos desta área, que está a quebrar de forma acentuada em visitas, a SELFIE contraria a tendência e cresce 54%.
Também nas redes sociais, nos últimos anos, conseguimos dominar o segmento, chegando à liderança. Comunicamos com paixão e emoção, e isso transparece. A forma como chegamos ao público, quer no site, quer nas redes sociais, também diz muito sobre a mensagem de proximidade que queremos passar. Reflexo disso é que a SELFIE é líder em interações e share of voice no Facebook (sendo o segundo projeto com mais seguidores e o que mais tem crescido nos últimos anos) e disputa o primeiro lugar no Instagram, privilegiando sempre a relação com os leitores e seguidores.
Conseguimos! Bolas! Modéstia à parte, não fomos pelo caminho mais fácil, não entrámos na guerra pelas audiências em que vale tudo, mas chegámos até aqui! Não foi um sprint. Tem sido, antes, uma maratona. Porque vestir a camisola da SELFIE é isso mesmo: é ir além do óbvio e não ter pressa de lá chegar. Respeitando sempre o público, os interlocutores e, claro, os pares.
Não nos limitamos a falar sobre as figuras públicas, falamos com as figuras públicas, e somos, tantas vezes, o meio preferencial com que elas comunicam. Quem não se lembra, por exemplo, de Meg Ryan e Julia Roberts serem apelidadas de "namoradinhas da América"? Por cá, a SELFIE é conhecida por muitos como a "namoradinha dos famosos". E - spoiler alert - gostamos que assim seja. E também gostamos que a SELFIE seja robusta - palavra bastante usada no último mês a propósito de uma crónica polémica que tanto deu que falar. Robusta em valores, robusta em princípios.
Por detrás de tudo isso, existe o mérito de uma equipa - Ana Albernaz, Dúlio Silva, Igor Pires e Ivan Silva -, na qual tenho o maior orgulho, que abdica do conforto das ideias, que escolhe arriscar e desafiar-se, que teima em remar contra a maré e as convenções. É certo que as 24 horas do dia nunca seriam suficientes, o que nos faz pensar diariamente sobre como fazer mais e melhor. E essa gestão emocional e de expetativas também tem de ser feita. No fundo, há um quê de guerreiras nas pessoas que trabalham na SELFIE: elaboram estratégias, vão para a frente, sem ficarem apenas nos bastidores, e dão o melhor que têm. Sempre.
Voltando ao início deste editorial, o futuro do jornalismo social é, sim, uma incógnita. Mas a SELFIE vai continuar a trilhar o respetivo caminho, com a promessa de se reinventar sempre que fizer sentido, de se questionar e de se desafiar. Com robustez. E sem complexos.