Antes de mais, Vera Xavier afirma que não acredita no determinismo: "Não acho que nós sejamos fantoches. No entanto, penso que nós, enquanto almas, planeámos qualquer coisa para fazer nesta vida. Acho que trazemos um propósito, limar arestas, melhorar seja a que nível for."
Além disso, a taróloga considera que não existe um consenso entre determismo e livre-arbítrio, mas acredita que, conforme vamos crescendo e evoluindo enquanto almas, vai nos sendo dada mais liberdade de escolha.
Porém, há certas situações que acabamos por ter de passar, porque é a vontade da nossa alma, com base noutras vidas. A própria Vera Xavier dá a sua história pessoal como exemplo: "O meu embate mais forte foi o facto de ter tido um irmão autista. Tentei encontrar várias respostas e ninguém me conseguia dar uma explicação. Até que encontrei a teoria da reencarnação. Algo aconteceu no passado para que a alma do meu irmão tenha escolhido viver uma vida tão dura. A partir daí, o meu coração tranquilizou-se e a minha mente passou a aceitar essa diferença."
Devido ao livre-arbítrio, Vera Xavier acredita que não há nada a fazer quando, por exemplo, um parceiro amoroso quer terminar uma relação. "Temos de respeitar a liberdade dos outros", sublinha a taróloga, que também é especialista em desenvolvimento pessoal. "Nem o destino, nem Deus nos faz nada para nos punir. Aquelas lições mais duras pelas quais passamos são oportunidades para aprendermos", afirma, ainda Vera Xavier.
Daí que só possamos trabalhar o livre-arbítrio e a capacidade de escolha connosco. E a primeira liberdade que temos de trabalhar é a liberdade mental. Ou seja, a liberdade de ultrapassarmos as memórias e os pensamentos mais duros e conseguirmos avançar.
Veja o vídeo na íntegra para saber mais sobre livre-arbítrio.