Estes piercings que envolvem a língua, lábios, bochechas, freios e úvula têm sido associadas a condições patológicas, incluindo dor, infeção, formação de cicatrizes, fraturas dentárias, reações de hipersensibilidade a metais, doença periodontal localizada, alteração de fala, entre muitas outras.
A cavidade oral é um local com inúmeras funções e a sua constituição engloba uma série de estruturas nobres entre as quais vasos, nervos, e milhões de bactérias que pode originar inúmeras complicações nomeadamente dentárias.
Os piercings intraorais ou outros acessórios orais podem levar ao aumento dos níveis de placa bacteriana, bactérias patogénicas periodontais, inflamação e/ou recessão gengival, cárie, e alergia ao metal.
Num estudo realizado a 110 pessoas verificou-se que a recessão gengival foi evidente em 50% de todos os pacientes com piercing no lábio e até 44% dos pacientes com piercing na língua.
As lesões dentárias permanentes foram observadas em até 26% dos pacientes com piercing no lábio e até 46% dos pacientes com piercing na língua.
Além destas lesões, podem existir complicações pós-operatórias primárias como por exemplo: hematomas, inchaço, sensibilidade, sangramento e lesão dos tecidos orais incluindo nervos, sangramento prolongado, aumento da formação de placa bacteriana, hipersensibilidade dentinária, Inflamação gengival, sabor metálico.
Relativamente às complicações pós-operatórias secundárias podem incluir: cicatrizes excessivas ou formação de queloides que podem diminuir quando o piercing é removido permanentemente ou pode exigir cirurgia, sensibilidade pulpar de correntes galvânicas, retração gengival/crescimento excessivo.
Mesmo assim, se depois de ter consciência de todas as complicações que podem ocorrer, se optar por colocar um piercing, fale com o seu Médico Dentista, certifique-se que é colocado por alguém especializado, com medidas de higiene e esterilização adequadas, reforce os cuidados de higiene oral e visite regularmente o médico dentista.