Entrevistas

Cláudia Jacques fala sobre o polémico ex-marido, Olivier da Silva: "Não me fez desacreditar no amor"

Aos 54 anos, Cláudia Jacques assume estar solteira e que o fim do casamento com Olivier da Silva, condenado por burla e branqueamento de capitais, não a fez desacreditar no amor.

- Em relação à vida amorosa: como está o coração da Cláudia?
O meu coração está muito calmo desde há três anos. Tenho nele muito carinho por muitas pessoas de quem gosto e são minhas amigas. Tenho o amor de mãe pelas minha filhas, Mafalda e Carolina. Tenho o amor de filha pelos meus pais. Ainda tenho um amor pelo meu cão Jack que considero um 'filho'. Não tenho nenhuma relação amorosa.

- Depois da polémica relação com Olivier da Silva, é fácil voltar a acreditar no amor e confiar num homem?
Sim, a minha relação com o Olivier não me fez desacreditar no amor. Aliás, ele foi muito bom marido, tratou-me com muito amor, carinho, respeito e amizade. Fiquei com muita pena quando fui confrontada com as situações do passado dele, que ditaram o fim do nosso casamento. 

- Como viu a condenação do seu ex-marido pelo tribunal?
A condenação é o que a justiça definiu e acredito que é o justo. Tenho pena que o Olivier não tenha canalizado todas as suas capacidades e a sua inteligência para outras coisas que o dignificassem.

- Mantém contacto?
Não tenho nenhum tipo de contacto com ele há mais de dois anos. Estamos divorciados há pouco mais de três anos.

- Aos 54 anos, que sonhos ainda tem para realizar?
Eu nunca fui muito sonhadora, tenho um lado racional muito vincado. A vida já me surpreendeu e me desafiou de diversas formas. Tenho uma vida até agora muito preenchida e diversificada. Sou muito feliz e muito grata por isso. Hoje, sou o resultado de todas as experiências que já vivi. Tenho vivido intensamente a minha e já fiz muitas coisas que gostei muito. Gostava que a vida continuasse a surpreender-se e a desafiar-me.

- Como é ser mãe de duas raparigas?
Na verdade, quando fiquei grávida a primeira vez gostava que fosse um rapaz, mas, quando soube que não era, não fiquei triste e comecei a tratar do quarto e das roupas para receber a Mafalda. Quando voltei a ficar grávida, já só queria que fosse outra menina e veio a Carolina. Nunca fui mãe galinha. Gostei de dar espaço às minhas filhas desde cedo e de as deixar desenvolver a sua personalidade. Nunca me esqueci de ser mulher e, por isso, não passei a ser só mãe a tempo inteiro. Acumulei papéis, mas não substitui e não me pus de lado, nunca. Doseei o meu tempo para não ficar presa e refém do meu papel de mãe. Desde cedo, respeitei as minhas filhas e eduquei à minha maneira, sem ser demasiado impeditiva e impositiva. Dei-lhes espaço para estarem com amigas, para saírem e fazerem as coisas que as crianças e, mais tarde, as adolescentes gostam de fazer. Conversava muito com elas e alertava-as para os perigos. Instiguei-as a terem personalidade e não se meterem em sarilhos só para serem aceites ou agradarem os outros. Nunca as fiz sentir que tinham que ser melhores do que ninguém. Não sou a favor de viver em competição com ninguém. Cada pessoa tem o seu valor, as suas capacidades e limitações. O importante é estarmos confortáveis connosco, com a família e descobrirmos os nossos interesses e o que gostam de fazer. 

- Gostava de ter tido mais filhos?
Não gostava de ter tido mais filhos. Nas relações amorosas que tive, após me separar dos pais das minhas filhas, sempre fui muito franca e firme nesse assunto.

- Já está pronta para ser avó?
Não, de todo. Não me vejo nesse papel tão cedo e as minhas filhas sabem disso. Uma tem 24 anos e a outra 20, por isso, ainda é muito cedo. Um filho muda quase tudo na nossa vida. Elas ainda têm muito para viverem antes de serem mães.

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