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Rita Pereira recebe prémio e faz discurso emotivo: "Também sou a Rita que chora e que perde a confiança"

Eleita uma das mulheres mais influentes de Portugal, Rita Pereira assumiu que, em 2022, sentiu "algo raro" nela: "falta de confiança".

Pelo sexto ano consecutivo, Rita Pereira figura na lista d'As Mulheres Mais Influentes de Portugal. Organizada pela Executiva, a cerimónia de entrega de prémios realizou-se, esta quinta-feira, dia 13, no CUPRA City Garage, em Lisboa, e ficou marcada pelo discurso da atriz.

Em frente a outras homenageadas, Rita Pereira começou por agradecer a distinção e, logo depois, disse: "Gostaria de partilhar convosco uma mensagem que é cada vez mais importante para mim e que acho que deveria ser para a sociedade."

"Para mim, o ano de 2022 foi incrível a nível profissional. A nível pessoal, também foi tranquilo. A minha família teve saúde e isso é o mais importante. Mas senti algo que é raro senti-lo: falta de confiança em mim", admitiu a também apresentadora.

"Sei que muita gente me vê como uma mulher forte, confiante, que nada do que dizem sobre mim nas redes e na imprensa me abala. E é verdade. Na maior parte das vezes, é verdade, pois a profissão ensinou-me a isso. Mas, por vezes, também sou a Rita que chora, que perde a confiança, tanto pessoal como profissionalmente. E aceito. Aceito mas questiono-me: será que não há realmente limites no que se pode dizer sobre outra pessoa?! Será que não podemos ter mais respeito, sermos mais tolerantes?!", perguntou.

Rita Pereira deixou, depois, uma reflexão. "Se realmente tenho o poder de influenciar alguém, gostaria de deixar a mensagem de sermos mais empáticos, pois fala-se muito de empatia mas praticamo-la pouco. Sejam mais empáticos. Tenho a certeza de que, no final do dia, se sentirão melhor", afiançou.

Minutos antes, em conversa com os jornalistas, a atriz afirmou que esta distinção lhe sabe "muito bem". "Significa que tenho alguma coisa a dizer mas, principalmente, que sou ouvida por aquilo que digo e que, nas redes sociais, não há só um conteúdo para encher chouriços, como se costuma dizer. Para mim, é bastante importante saber que não são só os jovens que estão a ouvir-me, mas também pessoas que já marcaram a sociedade e que não precisam de provar nada", frisou.

Essa responsabilidade é sentida no dia-a-dia. "Cada vez mais. No início, não muito. No início, dizia basicamente tudo aquilo que me apetecia. Hoje em dia, as redes sociais têm um peso extremamente importante na vida de todos os jovens. Portanto, penso muito, duas vezes, antes de dizer alguma coisa", referiu Rita Pereira.

Rita Pereira acredita que a genuinidade pode contribuir para que seja uma das mulheres mais influentes de Portugal. "A verdade que eu passo, o não tentar ser a mais bonita, o não tentar ser a que sabe tudo, a que sabe mais do que os outros ou a que está certa... Eu tenho falhas, eu mostro as minhas falhas", frisou.

Essa verdade leva-a, por vezes, a ser alvo de críticas. "Nuns dias, lido melhor. Noutros dias, ignoro. Mas há momentos em que acho, sinceramente, que as pessoas deviam ser mais tolerantes, mais empáticas nas suas críticas. Pensar duas vezes antes de dizer, escrever, falar nos seus programas ou na imprensa sobre o que quer que seja sobre outra pessoa", defendeu.

Junto das novas gerações, Rita Pereira gostaria de passar a imagem de "uma mulher forte e independente". "Uma mulher com o objetivo de ser melhor do que ela mesma e não do que as outras mulheres, sempre com uma palavra de apoio para as outras mulheres e não de julgamento. Uma mulher livre, que faz aquilo que lhe apetece, sem se preocupar demasiado com o julgamento dos outros. Uma mulher que veste aquilo que quer, independentemente do sítio onde esteja. Eu tenho de me sentir bem, não são os outros que têm de achar o que quer que seja sobre a forma como me visto. E a forma como me visto não muda a atitude que tenho perante a situação que se está a passar, ou não me muda enquanto profissional", analisou.

Veja, agora, na galeria que preparámos para si, as imagens partilhadas por algumas vencedoras do prémio As Mulheres Mais Influentes de Portugal.

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