Entrevistas

Fãs da Netflix: Frederico Amaral revela "percalço" que o afastou de "Rabo de Peixe" antes do previsto

Em entrevista à SELFIE, Frederico Amaral conta como foi entrar na segunda série lusa da Netflix, "Rabo de Peixe". A participação, contudo, ficou marcada por um imprevisto.

Aproximadamente um ano depois de ter entrado na novela "Festa é Festa", em exibição na TVI, Frederico Amaral foi aceite em "Rabo de Peixe". Gravada na vila açoriana que dá nome à trama, a série é a segunda produção portuguesa produzida pela Netflix e, nela, o ator dá vida a Ferrugem.

Em declarações exclusivas à SELFIE, Frederico Amaral conta como chegou a "Rabo de Peixe" e expressa o privilégio por ser um dos vários açorianos a interpretar na produção lusa. Tudo isto embora não tenha conseguido concluir a participação prevista na série...

Entrar numa produção internacional tem um quê...
Claro! Uma produção como esta e com este nível, ainda por cima gravada na minha terra... Mais uma vez, foi um projeto que fiz em São Miguel. Mas, com esta dimensão, nunca tinha feito nada assim.

Como foi a experiência?
Foi muito boa. Teve altos e baixos, porque, quase no fim, apanhei Covid-19. Infelizmente, não consegui gravar as cenas todas. Foi um percalço...

E houve transformações no guião por causa disso?
Não. Eu sou um dos capangas do Arruda, que é a personagem do Albano Jerónimo. Ele tem três ou quatro capangas, portanto, não precisei de entrar nessas cenas.

Com uma grande oportunidade, apanha-se Covid-19. Foi frustrante?
Na altura, percebi que eles eram um bocado rigorosos com isso, para não contaminar uma produção como esta. Não fui só eu que apanhei. Outras pessoas do elenco também apanharam e também não puderam gravar. Faz parte...

Não gravou quantos dias?
Não gravei dois dias. E já não voltei.

Fica-se com pena?
Fiquei, porque ainda por cima era a cena final, com explosões e tudo... Mas pronto. Fiz a minha participação e fiquei muito feliz.

E Portugal está finalmente a entrar no mercado do streaming?
Sem dúvida. Acho que já era necessário isso acontecer. Acho que já veio tarde. Mas acho que, com a produção de "Rabo de Peixe", se elevou muita a fasquia. Acho que está um thriller incrível, gravado nas paisagens mais bonitas de Portugal. Claro que sou suspeito, porque é a minha terra, mas a verdade é que vamos ter os Açores no mundo.

Tem um sabor especial voltar à terra para gravar um projeto como este?
Sem dúvida. Ainda por cima, para interpretar uma história verídica e que eu já conhecia. Já sabia que este episódio tinha acontecido. Claro que há muita ficção no meio, mas, depois, há o preciosismo e o talento do Augusto Fraga e de uma equipa extraordinária de atores e técnicos que fizeram esta produção incrível.

O processo para entrar foi muito demorado e complexo? Foram precisos muitos castings?
Eu fiz um casting para uma personagem. Depois, acabei por não ficar com essa personagem e fiquei com uma melhor. Por um lado, foi positivo para mim.

Viveu esse processo com ansiedade ou tranquilamente?
Eu queria muito entrar, porque sou açoriano e porque acho que esta produção merecia ter uma quota parte de açorianos atores. Já que se trata de uma história açoriana, gravada nos Açores, porque não ter atores açorianos, não é? É uma questão de representação. Há cerca de 30, 40 por cento de representação de atores micaelenses, portanto, é um saldo positivo.

 

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