Apesar de ter sido considerado culpado de seis das acusações, o júri absolveu R. Kelly de uma quarta acusação de pornografia, bem como uma acusação de conspiração para obstruir a justiça, acusando-o de consertar o julgamento de pornografia infantil em 2008.
Os corréus, Derrel McDavid e Milton Brown, foram considerados inocentes de todas as acusações.
No julgamento, os procuradores tentaram retratar o cantor como um mestre manipulador, que usou a fama e riqueza para atrair fãs, incluindo alguns menores de idade, abusando sexualmente deles e, depois, descartou-os.
Nascido Robert Sylvester Kelly, o artista estava desesperado para recuperar os vídeos pornográficos infantis que produzia e guardava numa mochila de ginástica, disseram testemunhas.
Testemunhas indicaram que R. Kelly ofereceu até um milhão de dólares (cerca de um milhão de euros) para recuperar vídeos perdidos, antes do julgamento de 2008, sabendo que o colocariam em perigo.
A conspiração para esconder os abusos ocorreu entre 2000 e 2020, atentaram os procuradores.
R. Kelly já havia sido condenado por extorsão e tráfico sexual em Nova Iorque e condenado a 30 anos de prisão.
Em Chicago, uma condenação de apenas uma acusação de pornografia infantil acarreta uma sentença mínima obrigatória de dez anos, enquanto a receção de pornografia infantil determina um mínimo obrigatório de cinco anos.