Júlio Machado Vaz sobre Psico-Oncologia: "O acompanhamento psicológico é indispensável"

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Na rubrica "Por Falar Nisso", powered by Multicare, o médico psiquiatra Júlio Machado Vaz defende a importância do apoio psicológico, individual e para a família, mal haja suspeita de doença oncológica.

Depois da conversa de Júlio Machado Vaz com Manuela Sobrinho Simões, Diretor do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), que defende a ideia de que "o cancro é uma doença crónica", o psiquiatra fala sobre a pertinência do acompanhamento psicológico, mal haja suspeita de doença oncológica.

"Há quinze ou vinte anos, na maior parte dos casos, um diagnostico de cancro tinha um significado diverso daquele que tem hoje", refere Júlio Machado Vaz que recorda que, na altura, nem sequer se ouvia falar de cancro nos noticiários: "A pessoa morria de doença prolongada."

Atuamente, como vivemos mais "grande parte da população terá de lidar, pelo menos, com um cancro ao longo da vida", afirmou o psiquiatra, que descreve os diferentes momentos de ansiedade vividos pela pessoa ao longo da espera pelo diagnóstico.

"O acompanhamento psicológico é indispensável", reitera Júlio Machado Vaz, que esclarece: "O tempo que medeia entre fazer uma biópsia e saber o resultado... Diga-se, de passagem, que uma ansiedade destas pode permanecer, mesmo após um diagnóstico favorável, em relação à própria pessoa e em relação a quem a rodeia."

Durante o episódio da rubrica "Por Falar Nisso", powered by Multicare, Júlio Machado Vaz disse, ainda, que nosso país "ainda temos apoio que os cuidados paliativos merecem" e que "temos uma visão muito estreita do que são" este tipo de cuidados.

Depois, o psiquiatra abordou as provações vividas pelos familiares dos doentes. "Há temas que estão atravessados na garganta de um familiar, mas que não podem ser abordados na presença de um doente. E essa pessoa também tem o direito de ser apoiada", advogou Júlio Machado Vaz, que abordou, igualmente, a importância dos grupos de apoio.

No final, o médico evocou as angústias que os profissionais de saúde da área de Oncologia sentem no dia a dia e com as quais têm de lidar, muitas vezes, "em silêncio", como medo da reação dos colegas se souberem que "foram pedir apoio psicológico".

"Quem está em sofrimento psicológico tem direito a apoio, e a sociedade e o Estado têm obrigação de lho dar", defendeu.

Assista, agora, aos episódios, na íntegra.

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