Às vezes, quando estamos a correr ou a praticar qualquer outro desporto, enfrentamos um momento que é duro, ele passa pela fadiga, pelo stress mental e físico, pela sensação de desistência.
Façamos este pequeno e insignificante exercício:
Às vezes, na nossa vida, parece que estamos a correr ou a praticar qualquer outro desporto, porque também aqui enfrentamos esse momento, que passa pela fadiga, pelo stress mental e físico, pela sensação de desistência.
Se este texto fosse um mind map, nele estavam desenhados dois balões, um com a palavra "vida" e outro com a palavra "eu".
Depois, uma linha horizontal ligava estas duas bolas. A linha da superação. A linha da resiliência e da coragem.
Quando, naquele momento de fraqueza, como num instante mágico, sentimos que nunca é hora de desistir, de nada.
E, os pulmões abrem-se, o coração acelera, o aperto desaperta, viajamos e vamos lá à frente ver o que vai acontecer e voltamos.
Mudança.
Na cadência desta história podem entrar muitas variáveis: a mulher, os filhos, os pais, os irmãos, os amigos, os colegas de trabalho, o trabalho, as contas, a casa, um sem-número de variáveis.
Eis quando o prazer começa a ser encostado à parede (sem qualquer pensamento erótico-sexual ligado a esta frase).
É aqui que, para mim, a corrida e o exercício (Muay Thai) assumem o papel de juíz, aquele que equilibra.
A idade, a maturidade, a experiência, o caminho, a tal linha horizontal que une os dois balões imaginários.
Às vezes, é como se estivéssemos preocupados connosco, a tentar correr dez quilómetros abaixo da uma hora.
E o prazer?
Tal e qual o mesmo prazer que sentem os mais rápidos e resistentes.
A vida só faz sentido se também for feita de prazer. Quando não há prazer, é chegado o momento de renascer. É assim na vida e nas corridas.
Muitas variáveis. Sempre muitas variáveis.
É uma espécie de post-it mental quotidiano.
Tem tudo isto a ver com a idade, a tal linha horizontal, acredito.
Tudo isto tem a ver com a mudança, com a revolução, com o virar páginas.
A outra parte da viagem.
Ou começos. Começar é mágico.
Aprendi que se juntar aquilo que sinto enquanto corro ao que sou e sei o meu mind map ainda tem espaço para mais linhas horizontais e para mais balões imaginários.
É que eu já corri dez quilómetros em menos de uma hora.
Até já corri uma maratona!