Psicóloga Tânia Correia: "As crianças não têm o erotismo associado ao corpo"

É importante que a sociedade entenda que amamentar em público não é um ato de exibição ou insinuação sexual.

Psicóloga, mestre em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental na área da infância e adolescência / OPP: 24317
  • 3 abr, 15:36
Tânia Correia
Tânia Correia

Na verdade, poucas são as mães que acham que as suas mamas estão na fase mais bonita e que estarão cheias de vontade de as mostrar.

Quando amamentamos, o objetivo é apenas um: alimentar a criança de forma natural, sem nada que a prenda ou abafe.

Panos e paninhos, ter de procurar um canto qualquer isolado, claro que podem ser usados por quem se sentir mais confortável dessa forma, no entanto, importa que questionemos o motivo de assim ser. Muitas mães não o fazem porque querem, mas, sim, para evitar olhares indiscretos ou comentários.

"Ah, mas as crianças vêem e é chato". As crianças não têm o erotismo associado ao corpo, não irão fazer qualquer associação negativa. Podem ficar curiosas e, nesse momento, podemos aproveitar para sensibilizar para este ato de amor (até para desconstruir crenças que as venham a limitar caso um dia amamentem ou que as levem a nem amamentar).

Se me vires por aí a amamentar enquanto circulo, não projetes em mim as associações do teu mundo interno. Eu só estou a responder a uma necessidade básica da nossa filha e mereço ser livre para o fazer.

Estamos juntas, 3m’s.

Tânia Correia
Psicóloga, mestre em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental na área da infância e adolescência / OPP: 24317

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