Em conversa com a apresentadora, Graça Freitas contou um pouco sobre o percurso de vida, atá aos dias de hoje, começando por contar onde tudo começou: África, onde cresceu e diz ter sido muito feliz. Ainda que fã de agricultura, chegou a Portugal para estudar medicina, motivada pelas amigas que seguiam o mesmo curso.
Depois de dar a conhecer um pouco sobre a história de vida, Graça Freitas contou como tem sido os últimos dias, atípicos, já que enfrentamos uma pandemia:"Acordo muito cedo. Habitualmente, acordo antes das 6 da manhã. As tecnologias permitem, hoje em dia, ler. E, portanto, a primeira coisa que agora - antes, não era assim - faço é ir aos diversos sítios onde tenho informação, para o que aconteceu, de relevante, durante a noite. O que se passou nos outros países, em relação à doença, se saiu algum artigo novo, alguma notícia importante nos jornais [...]" o que mudou desde a hora em que me deitei até que acordei", relatou
As chamadas e mensagens são inúmeras, desde o momento em que a Diretora Geral da Saúde acorda, até se deitar, e essas são mudanças que a médica de 62 mais sente, ao nível da rotina diária.
Mais à frente, Cristina Ferreira, questionou Graças Freitas sobre a "estrutura emocional" necessária para lidar com as críticas de que muitas vezes é - e foi - alvo, desde que a pandemia Covid-19 assolou o país. A Diretora Geral da Saúde sublinhou as palavras da apresetadora, quanto ao clima de incerteza. "Há de facto uma incerteza"
Recordando o que muitos apontam como "erros", ao ter referido que a pandemia não chegaria a Portugal, Graças Freitas lembra que apenas falou em probabilidades, neste clima de incertezas, até porque acredita que nada é impossível. Mas quanto à forma como lida com essa e outras críticas, afirmou: "Qualquer pessoa exposta, está sujeita a isso. Tento relativizar as coisas. [...] Tento colher informações."
"Tento relativizar as coisas. [...] Não tenho problema nenhum em assumir que não sei alguma coisa, porque é impossível saber tudo, e porque eu própria posso ainda não ter tido a oportunidade de saber", acrescentou.
"Tem havido críticas que não são fáceis de ouvir", garantiu.
Cristina Ferreira mostrou-se solidária com as críticas que advêm de um posto difícil de ocupar, já que comunicar "é o mais difícil". A apresentadora foi ainda ais longe e decidiu oferecer uma orquídea, de presente, à Diretora Geral da Saúde, "em nome de todos", de forma a agradecer pelo trabalho desenvolvido, sublinhado que todos erram.
Emocionada e de voz embargada, Graça Freitas agradeceu o gesto e sublinhou: "Os erros que todos cometemos são resultado das "imperfeições que são, de facto, humanas", aproveitando o momento para agradecer aos portugueses pelos esforços diários no combate ao vírus.