Entrevistas

Owhana recorda fim da relação com Wuant: "Não vou mais esconder"

Ana Catarina Ribeiro, mais conhecida como Owhana, acaba de lançar o primeiro livro, no qual, entre outros temas, fala sobre o fim da relação com Wuant. Em entrevista à SELFIE, a youtuber conta como está, agora, o seu coração.

Foi público o fim da relação com o Wuant. Aborda esse tema no livro que acaba de lançar, "A Minha História, os Meus Segredos e as Minhas Dicas"?
Sim, falei sobre o término da relação no meu livro, tenho um capítulo chamado "Como curar um coração partido", no qual sou muito honesta e falo abertamente sobre aquilo que estava a sentir. Foi mesmo terapêutico, para mim, estar a escrever sobre isso e foi, até, uma grande companhia. Fui muito sincera no livro. As pessoas vão conseguir relacionar-se, porque acho que, a dada altura, vamos todos passar pelo primeiro desgosto amoroso, o primeiro namorado e tudo isso. Acho que as pessoas que lerem esse capítulo vão conseguir rever-se nas minhas palavras e, se conseguir ajudar, ainda melhor.

Como foi lidar com uma separação tão pública?
Contei a nossa história no livro e, portanto, deixei, ali, marcado, porque fez parte da minha vida. Não vou negar, nem vou mais esconder, porque fez parte da minha vida e foi uma parte importante. Fez-me a pessoa que sou e, tal como todas as experiências na vida, torna-nos a pessoa que nós somos, hoje.

E como está o seu coração, agora?
Está muito bem e recomenda-se! [risos]. Eu não me privo, acho que sou muito nova e gosto muito de conhecer pessoas. Estou numa boa fase, sim.

E os seguidores não a pressionam, no que diz respeito a essa matéria?
Tenho muita pressão desse lado, porque as pessoas quase que vivem a nossa vida, quase como se fosse uma novela ou uma série. Perguntam-me imenso: "E, agora, quando é que gostavas de casar? Quando é o próximo passo? Quando é que vais ter filhos?". Acho que as pessoas esquecem-se um bocado de que eu sou nova, tenho 24 anos, e quero ver ainda mais mundo, quero trabalhar na minha carreira, então, não penso nesses passos, ainda. Um dia…

Falou no desejo de ver mais mundo: como lida com as restrições em relação às viagens neste contexto de pandemia?
Sinto muitas saudades de todo o ritual de viajar, de fazer a mala, de entrar no avião. Estava a comentar isso com os meus pais, que sinto mesmo saudades, mas acho que temos, todos, que respeitar as normas, para podermos voltar à normalidade, o mais rápido possível. Mas, para isso, temos de estar todos juntos e respeitar.

O que tem sido mais difícil nesta pandemia?
Para mim, o que tem sido mais difícil é não ver a minha família, porque os meus pais, os meus avós estão no Porto e eu estou em Lisboa. Para respeitar o isolamento, não os vejo com a frequência que desejava e acho que isso é o mais difícil.

A Owhana vive, sozinha, em Lisboa?
Sim, vivo sozinha.

Como atenua essa saudade da família?
Muitas videochamadas. Honestamente, ainda bem que temos tecnologia e videochamadas, é ótimo! Ajuda muito a matar saudades.

Um tema que aborda no seu livro, é o body shaming [gozar com a aparência física]. Essa vivência fez com que mudasse os seus hábitos alimentares?
Falo sobre isso no meu livro, tenho um capítulo chamado "O nosso corpo é a nossa casa de sempre e para sempre". Tenho uma visão muito concreta sobre este tema. Apesar de, enquanto mulheres, termos muita pressão da sociedade para ter um determinado aspeto, acho que as pessoas são um pouco fatídicas, na medida em que parece que é quase uma sentença - e eu, até, falo disso no livro. O peso não é algo que é imutável, acho que as pessoas têm de ter em mente que, se não estão contentes com o peso, é uma questão de alterarem hábitos, nomeadamente, terem hábitos mais saudáveis e mudarem alguns aspetos. Ou seja, não é uma característica, a meu ver, imutável e eu tenho uma visão um bocado prática sobre as coisas. Claro que sinto essa pressão, mas é mais enquanto criadora de conteúdos… Antes, era muito despreocupada e sempre fui assim e, agora, não vejo isso dessa forma.

Mas isso mudou a relação que tem com o seu corpo?
Tiro muitas fotografias, todos os dias estou a fotografar-me, a gravar vídeos e sinto que, numa profissão dita normal, não passava tanto tempo a olhar para mim mesma. Então, naturalmente, começo a notar algumas coisas em mim, mas é natural. Faz parte da profissão, acho, até, que a maior parte das minhas colegas vai concordar comigo. Como gravamos com muita qualidade, em 4K, HD…  reparamos em muita coisa, que, se calhar, nós não gostamos tanto, mas, também, hoje em dia, o estado da medicina também nos permite fazer algumas alterações, se assim quisermos, por que não? Também falo abertamente sobre procedimentos estéticos no meu livro e não deve ser um tabu, de todo.

A que procedimentos estéticos já se submeteu?
Fiz um tratamento minimamente invasivo, uma micro lipoaspiração. Até fiz um vídeo para falar sobre isso, super aberto. Tenho muito à vontade para falar isso, não vejo, de todo, que deva ser algo tabu ou que não se deva conversar sobre isso. É normal.

Ficou contente com o resultado?
Fiquei super feliz, porque, quando estava a editar vídeos e fotografias, era aquilo que reparava em primeiro lugar. Fiquei muito contente, porque foi algo super rápido. Foram 30 minutos, o tempo de recuperação foi uma semana, super rápido, e fiquei, logo, mais confiante.

Tem o hábito de fazer exercício físico?
Eu acho que é q.b. Aos fins de semana, relaxo, mas, durante a semana, sim. Não sou muito extremista, porque acho que isso, também, contribui, não só para saúde física, mas, também, mental.

Que tipo de exercício costuma fazer?
É mais passadeira, não entendo muito sobre o assunto… Recentemente, por conta da Nintendo, recebi uma proposta para fazer um jogo que, por acaso, foi engraçado. É um jogo chamado Ring Fit, para nos pôr a mexer, então, quase sem eu querer, tornei-me mais ativa!

E gosta de cozinhar?
Adoro cozinhar, adoro programas de cozinha! Adoro fazer quiches, sou a mestre! [risos] Adoro fazer quiche de espinafres, de atum… Digo mesmo - os meus pais riem-se muito - que, se eu abrisse um restaurante, só fazia quiches [risos].

E qual a iguaria a que não consegue resistir?
Não consigo resistir a sushi, sou grande fã, mesmo! E, até, sei fazer, fiz um workshop! Não sou sushiwoman [risos], mas sei fazer! É um processo que demora algum tempo, mas é divertido, até.

Fez o curso durante a quarentena?
Não. Foi presencial, eu ainda andava no secundário, fiz com umas amigas. Mas, durante a quarentena, estabeleci um objetivo: vou aprender italiano. Então, comecei a aprender, através do YouTube, algumas palavras em italiano e gramática, mas eu gostava muito de andar num instituto, porque gostava muito de falar italiano. Já fui a Roma e há tantas semelhanças com o português, é fascinante! Acho que é uma língua bonita de se ouvir. Adorava aprender mais línguas, porque gosto muito. Vim da área de Humanidades, então, gosto muito de aprender e gostava, também, de aprender mandarim.

Quais os rituais de beleza que não dispensa?
Não dispenso fazer uma boa limpeza da pele, é super importante. Tanto de manhã, como à noite. À noite, também, tenho uma rotina, antes de ir dormir, completa. Desde séruns, óleos, uso, também, a Foreo, de que eu gosto muito. Tenho esse cuidado, até porque uma pele saudável vai refletir-se daqui a alguns anos. Também tenho esse gosto, há quem não ligue, mas eu, por acaso, também gosto muito de skincare. É aquele momento, ao final do dia, em que estou só, ali, comigo mesma, a descomprimir. Gosto muito!

E que cuidados tem com o cabelo?
Não uso um produto sem me aconselhar antes com a minha cabeleireira, que é a Manubela. Tenho muito cuidado, também, na hidratação. Proteger é super importante. Proteger contra o calor, contra a queda, usar bons produtos, acho que é muito importante.

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