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Inês Herédia recorda Pedro Lima e revela promessa

A atriz Inês Herédia lembrou Pedro Lima, na despedida das gravações da novela "Quer o Destino".

Inês Herédia assinalou o fim das gravações da novela "Quer o Destino", com um longo texto, no Instagram, no qual recordou, também o falecido ator Pedro Lima.

"Já nos ouviram, muitas vezes, dizer que somos uma equipa muito unida, é uma responsabilidade muito grande dizer isto, cada vez que o digo, olho para dentro e pergunto-me se dei mesmo a mão a toda a gente. O Pedro Lima partiu há umas semanas e, com a partida dele, decidimos ser mais atentos uns aos outros", contou a atriz.

"Não há maneira mais bonita de viver do que esta. Não há outra que valha a pena. Nas últimas semanas, senti que levei muita gente ao colo, mas, acima de tudo, senti uma força gigantesca de uma equipa verdadeiramente coesa que, também, me levou ao colo e protegeu numa fase em que o desgaste físico e emocional não me queriam deixar andar de pé. Por causa deles, não houve um dia em que perdesse a minha felicidade, alegria e histeria a trabalhar. Por causa deles. E, graças a Deus, o coração tem memória, não vão sair daqui", acrescentou Inês Herédia, que, na publicação, assume, ainda, que, ao início, não ficou entusiasmada com a personagem que lhe foi atribuída: "Chutei-a para canto. Só queria uma personagem com camadas e não via nada ali. Tínhamos a adaptação chilena para nos guiar, enquanto os episódios portugueses não saiam, e eu não encontrava interesse nenhum na Isabela."

Depois, a atriz elogia o trabalho de Helena Amaral, autora da novela: "Não sabia que ela ia cavar na Isabela todas as camadas da crosta terrestre. A Helena desenhou umas escadas que a Isabela foi descendo degrau a degrau, passando despercebida, mas sendo cada vez mais evidente à medida que ia desaparecendo. Fogo, há alguma coisa mais bonita do que poder trabalhar isto? Alguém a desaparecer na paisagem e essa ausência ser o que torna a personagem mais gritante? A ausência de si mesmo. Bolas que privilégio. Obrigada Helena e Helenettes."

No texto, Inês Herédia elogia, também, Francisco Antunez, "o líder nato, realizador brilhante, Homem sem medos e com coluna vertebral, daqueles que se faziam antigamente, como diria o meu avô". "Tudo o que vou escrever a seguir é por causa dele. Para o Francisco, não há elenco principal e elenco adicional. Não há realizadores e perchistas. O Chico está atento a todos, exactamente da mesma maneira. O Chico, no final do dia, sai da regie e vai ao platô agradecer a todos os técnicos pelo dia de hoje. Todos. Os. Dias. O Chico é um apaixonado pelo que faz e é isso que o torna o melhor. É porque ainda tem essa liberdade que, às vezes, vemos os mais velhos a perder. A liberdade de gostar de amar o que se faz", acrescentou.

No final, a atriz não tem dúvidas: "Crescemos juntos numa época de revolução. Demos as mãos e conseguimos permanecer no barco. Que orgulho. Que fortaleza."

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