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Liliana Campos partilha texto emotivo sobre depressão: "Achei que não estava cá a fazer nada"

Ainda abalada com a morte do amigo Pedro Lima, Liliana Campos revelou como lidou com a depressão.

Num longo texto, partilhado no Instagram, Liliana Campos faz confidências sobre a altura em que teve de lidar com uma depressão e conta que chegou a pensar em suicídio.

"A partida da minha Mãe foi muito dolorosa, pelo sofrimento que presenciei, mas esse não foi o motivo principal. Eu sabia que a Mãe já estava num lugar melhor. Aliás, nunca há um motivo, são sempre vários. Quando me dei conta da maldade que existia à minha volta, das mentiras, do estar a contar com um porto que pensei ser seguro, mas que, afinal, estava completamente minado, de várias tentativas para que eu e o Rodrigo nos afastássemos, fez-me perceber que, durante os quatro anos em que, juntamente com o meu irmão, fomos cuidadores da minha Mãe, tinha mesmo tido a minha vida em stand-by, e não tive tempo, consciência ou capacidade para ver quem me rodeava e da forma como o faziam", começa por escrever a apresentadora.

Liliana Campos fala, também, do sofrimento que passou para ser mãe: "Tudo isto acompanhado com o início de um tratamento de fertilização contra o tempo e a menopausa, que, para mim, estava a chegar, precocemente, e que me ia impedir de gerar o bebé que tanto desejava, mas que fui adiando...".

A apresentadora procurou, então, ajuda especializada para conseguir superar os problemas emocionais. "Mais uma vez, não era só a menopausa que me fazia estar ali, havia muito mais para tratar. Na altura, não conseguia ver nada de bom... Estava numa espiral de dor. Soube que precisava de ajuda", assume a apresentadora, que é casada com Rodrigo Herédia: "O Rodrigo não sabia lidar com a situação, e eu também não. Não via saída . Não tinha força para lutar... para pegar nos cacos e reconstruir o que eu tinha deixado destruírem."

Depois, Liliana Campos assume que chegou a ter pensamentos suicidas: "Nessa altura, achei que não estava cá a fazer nada. Se calhar, desaparecer seria o melhor. Desaparecer para sempre. Desaparecer daqui. Desaparecer sem dizer nada a ninguém e ir para o outro lado do Mundo."

Assumindo que foi no trabalho que se refugiou, a apresentadora conta: "O trabalho, que já tinha sido o meu escape durante a doença da minha Mãe, continuou a ser muito importante para mim. Não quis baixa, não faltei um único dia. Ali, desligava e, por momentos, tentava abstrair-me do meu mundo a desabar. Mas ia para casa e não dormia. Achei que podia ficar maluca por não conseguir descansar."

Liliana Campos refere que, para lidar com a depressão, recorreu a terapias alternativas e que foi, então, que "apareceram várias pessoas que, ainda hoje, ocupam um lugar importante" na vida da apresentadora.
 

Caso esteja a sofrer de algum problema psicológico, tenha pensamentos autodestrutivos ou sinta necessidade de desabafar, deverá recorrer a um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral, podendo, ainda, contactar uma das seguintes entidades:

- Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159

- SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545 

- Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535

- Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 030 707

- SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020

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