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Escritora e jornalista Leonor Xavier morre aos 78 anos

A escritora e jornalista Leonor Xavier morreu no passado domingo, aos 78 anos, no Instituto Português de Oncologia, em Lisboa, onde estava internada desde novembro.

com Lusa
Leonor Xavier
Leonor Xavier

A notícia da morte da escritora e jornalista foi confirmada à Lusa por Guilhermina Gomes, editora e amiga de Leonor Xavier.

Leonor Xavier sofria há anos de um cancro e o estado de saúde agravou-se no passado dia 1 de dezembro.

Para Guilhermina Gomes, responsável editorial do Círculo de Leitores e da Temas e Debates, onde Leonor Xavier publicou algumas das suas obras, incluindo a última, "Há laranjeiras em Atenas" (2019), a morte da escritora representou não só a perda de uma "querida autora", mas também de "uma grande amiga" e de uma "mulher extraordinária".

Manifestando-se "profundamente triste", Guilhermina Gomes disse que estava em preparação um livro, a que Leonor deu o título "Adolescência", mas que "infelizmente não o chegará a ver". A obra será futuramente publicada, adiantou.

Nascida em Lisboa, em 1943, Leonor Xavier foi jornalista e escritora. Licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mudou-se para o Brasil em 1975. Viveu e trabalhou naquele país até 1987, tendo sido correspondente do Diário de Notícias e redatora da revista Máxima, entre outras publicações.

Assinou a biografia "Raul Solnado, a vida não se perdeu", em 2003, e foi autora da biografia de Maria Barroso, de 1995, a que deu o título "Maria Barroso, um olhar sobre a vida".

Entre as suas obras contam-se os romances "Ponte-Aérea", "O Ano da Travessia", "Botafogo", os ensaios "Contributo para a história dos portugueses no Brasil", "Portugal, Tempo de Paixão", "Portugueses do Brasil e brasileiros de Portugal" e as crónicas "Colorido a Preto e Branco".

A 23 de abril de 1987, Leonor Xavier foi agraciada com o grau de Oficial da Ordem do Mérito.

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