As inscrições para a terceira edição de "Cabelo Pantene - O Sonho", o concurso que procura o cabelo com mais personalidade de Portugal, decorrem até ao próximo dia 15 de março, no site oficial.
À SELFIE, Bruna Guedelha, vencedora da segunda edição do programa "Cabelo Pantene - O Sonho", contou como foi a experiência de participar no concurso e revelou que sonha, agora, com uma carreira na área da representação.
Que balanço faz da participação no programa "Cabelo Pantene - O Sonho"?
Foi uma experiência muito positiva. Só trouxe coisas boas e foi, acima de tudo, uma grande aprendizagem. Mais do que ter ganhado, foi a experiência toda em si. As pessoas que conheci, o que aprendi com elas… e o boost de confiança e autoestima que me deu, a mim e à minha vida.
Em que medida contribuiu para a sua autoestima?
Acho que foi um bocadinho mais um processo interior, porque, obviamente, que eles nos elogiaram e nos deram dicas - faz parte do papel de jurado e da equipa. No entanto, acho que o que fez grande diferença foi sentir que, pela primeira vez, estava a ser aceite e que acreditavam em mim por eu ser a Bruna Guedelha. Em nenhum momento do programa tive que pensar se podia dizer algo ou não, ou se podia vestir aquilo ou não, se podia fazer aquilo da maneira que queria ou não. Simplesmente, fui eu mesma, do início ao fim, e fui valorizada por isso. Foi a primeira vez que me aconteceu! Acho que isso foi o mais importante, sentir que, afinal, posso ser eu mesma, porque isso tem valor para estas pessoas.
Qual era o objetivo quando se inscreveu?
Acho que o objetivo foi mudando um bocadinho, porque, quando me inscrevi, fui mais pela experiência, na desportiva. Achava que nem sequer ia passar nos castings, quanto mais ganhar! Depois, comecei a entrar mesmo dentro do espírito e do ambiente e comecei a acreditar que, se calhar, era mesmo possível ganhar. Mas o objetivo principal era passar uma mensagem de que qualquer pessoa consegue fazer aquilo. Sinto que quem me conhece agora pensa que sou modelo e que estou dentro do estereótipo, mas a verdade é que não foi assim. Eu vim do nada, passei muitas dificuldades durante toda a minha vida, a nível financeiro, e mesmo situações em casa - o que agradeço, porque fizeram de mim quem sou -, e, também, já fui uma das miúdas que achava que nunca na vida ia, sequer, estar perto de ser modelo, de estar na televisão ou de, sequer, participar num concurso destes, até porque sempre tive muitos problemas de autoestima. No fundo, era essa a mensagem que queria passar: qualquer pessoa, venha de onde vier, consegue. É possível! Só que há pessoas que, se calhar, têm de trabalhar mais um bocadinho, mas até sabe melhor assim.
O que mudou desde que venceu o programa "Cabelo Pantene - O Sonho"?
Comecei a trabalhar mais a nível digital. Acredito que, se não estivéssemos a viver uma pandemia, as coisas tinham sido um bocadinho melhores, no entanto, não me posso queixar. Fiz trabalhos com muitas marcas importantes e, obviamente, foi o programa "Cabelo Pantene - O Sonho" que me deu essa visibilidade.
E tem muitas pessoas a pedir-lhe conselhos?
Sim! Ainda outro dia, estive, até às quatro da manhã, a ajudar uma rapariga a candidatar-se ao "Cabelo Pantene - O Sonho" e a algumas agências de modelos. O que vou dizer é muito clichê, mas senti-me útil na vida de alguém e senti que, realmente, estava a fazer a diferença na vida de alguém, por, simplesmente, a orientar e ajudar a acreditar nela. Sinto que as minhas seguidoras são pessoas muito inseguras e acabam por me seguir para conseguirem ter esse boost de motivação. Acho que defendo muito isso. Também adoro roupa e maquilhagem e consumo muito esse tipo de conteúdo, no entanto, não publico quase nada sobre isso, porque o que sinto mesmo como minha missão é ajudar os outros, passar a minha história, explicar que, também, já estive daquele lado e dar força às pessoas nesse aspeto. Se tivesse tido alguém que me ajudasse durante o processo, se calhar, tudo teria sido diferente, mais rápido. Sinto que devo falar de assuntos importantes, causas que defenda e com as quais as pessoas se identifiquem, além de ter um contacto direto com as pessoas, respondendo a uma mensagem privada ou aos comentários.
Quem lhe pede conselhos são mais raparigas ou rapazes?
Também tenho seguidores rapazes, mas são muito mais raparigas. Acho que, por ser mulher, se identificam muito mais. Mal fiz uma publicação sobre a abertura das inscrições, recebi muitas mensagens a perguntar que dicas podia dar, o que deviam dizer no vídeo, que fotos deviam tirar.
E que conselhos lhes dá?
Tento "ler" um bocadinho a pessoa, porque há quem seja mais confiante e, se calhar, podemos puxar um bocadinho mais. O principal conselho que dou é que devem ser mesmo genuínos e verdadeiros. Obviamente que isto é fácil dizer, mas é mesmo isso que a Pantene procura: pessoas que consigam comunicar aquilo que sentem, que não seja preciso forçar, sendo politicamente correto para dizer as coisas. Normalmente digo: "Sê genuíno, verdadeiro, mostra muita atitude e muita garra, que acho que é a chave nisto tudo."
Quais são as dicas de beleza que costuma dar?
Beber muita água é mesmo muito importante. Eu achava que não era muito importante, mas é mesmo. Quando comemos de forma mais saudável é eficaz para o nosso metabolismo, assim como bebermos muita água, dormirmos bem, cuidarmos de nós. Nota-se logo muito no cabelo e nós não fizemos nada, na verdade. Só cuidámos de nós. Mesmo a parte emocional é muito importante e sinto isso a 100%, mas obviamente que isso é um trabalho interior de cada pessoa.
Como mantém o cabelo saudável?
Além dos cuidados que já mencionei na resposta anterior, acho que é importante procurar a gama adequada ao cabelo, aquela que é mais eficaz para cada caso, e fazer hidratação. Evitar usar produtos que queimem o cabelo: se quiserem usar pranchas e babyliss, têm de ter um trabalho a dobrar. Ou seja, tentar evitar, ao máximo, tudo o que possa estragar o cabelo. Basicamente, é termos uma rotina como temos para lavar os dentes ou a cara. O cabelo é a mesma coisa, faz parte de nós, pelo que temos que cuidar dele da mesma maneira.
Qual foi o pior erro que cometeu em relação ao seu cabelo?
Já fiz o mesmo duas vezes, porque devo ter-me esquecido de como foi a primeira [risos]. Quando tinha cinco anos, peguei na tesoura de costura da minha avó e cortei a franja toda, sem espelho. Há dois anos, esqueci-me do quão horrível foi e fui ao cabeleireiro e disse: "O que acha de fazer franja?" Voltei a fazer o mesmo erro e ainda paguei mais de 60 euros [risos].
Era capaz de rapar o cabelo?
Sim, sem pensar duas vezes! Não o faço, porque, depois, não consigo deixar crescer o suficiente e, agora, tenho o contrato com a Pantene, que me impede de fazer grandes alterações. Mas eu era capaz de rapar o meu cabelo por causas importantes.
Já mencionou que, antes, não pensava ser modelo. O que sonhava ser quando era pequena?
Quando era pequena, queria ser bailarina e, agora, quero muito ser atriz e modelo.
Também é atleta. De que forma isso a ajuda a lidar com a exposição mediática?
Sem dúvida que ser atleta e os ensinamentos que fui recolhendo ao longo da minha carreira me ajudam a lidar com a pressão e com tudo o que envolve a exposição.
Qual é a prioridade agora?
Neste momento, o foco está mais em começar a minha carreira como atriz. Tenho apostado em formação, já frequentei vários cursos e tive uma pequena participação na novela "Bem Me Quer".
Em que consistiu a participação na novela da TVI?
Basicamente, consistiu em dar a conhecer ao público um bocadinho mais da Bruna e de toda a experiência no programa "Cabelo Pantene - O Sonho". Contracenei com a personagem Suzy Romão, interpretada pela atriz Angie Costa, que sonha, um dia, ser Embaixadora Cabelo Pantene. Contracenei, ainda, com a personagem Celinha Romão, interpretada pela atriz Paula Neves, e com o Luís Borges, que faz de apresentador e anuncia a vitória da Suzy no programa.
Como se sentiu nesta estreia como atriz?
Muito bem! No início, estava bastante nervosa, até porque nunca tinha tido uma experiência assim, mas adorei mesmo e percebi que, realmente, quero isto para mim e para a minha carreira. Foi um desafio, mas dos bons, muito bons!
Como foi recebida pelo elenco?
Incrivelmente bem! Toda a equipa, desde a produção ao elenco, foi amorosa comigo, recebeu-me de braços abertos e ajudou-me em tudo. Devo um obrigada especial a quem contracenou comigo - Angie Costa, Paula Neves, Luís Borges - e, também, ao diretor de atores, João Pedreiro, que, em cena, me deixaram super à vontade e confiante para conseguir encenar a minha "personagem".
O que espera que aconteça a seguir na sua carreira?
Estou sem expetativas, mas com muitas esperanças! Espero que, acima de tudo, tenham gostado de mim e do meu trabalho. Dei o meu melhor e, por isso, vou confiar no universo e em quem me acompanha, para me orientarem no caminho certo! A torcer para que isto me abra portas, mas posso dizer que retirei imensas aprendizagens, emoções e experiências, desta primeira abordagem que tive como atriz. Agora, é continuar no foco, trabalhar muito e investir em formação. Pode ser que haja um lugarzinho para mim!